
17 de Maio, Dia Mundial da Reciclagem: O contributo do têxtil
Hoje é Dia Mundial da Reciclagem, data marcada pela UNESCO para celebrar essa parte fundamental da economia circular. A partir de 2025 a Recolha Seletiva será obrigatória, mas até lá ainda há um longo caminho a percorrer e várias metas que cumprir. Até 2020, de acordo com o PERSU (Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos), Portugal deveria alcançar os 50% no que diz respeito à preparação para reutilização e reciclagem. No entanto em 2017 registou-se apenas 28,4% nesse indicador.
No que diz respeito ao sector do têxtil sabe-se que das 195 mil toneladas das quais os portugueses se desfazem, apenas 4,3% se recolhe seletivamente, de acordo com os dados do PERSU.
Apesar de haver cada vez mais comunicação e alertas sobre o impacto do fabrico do têxtil no meio ambiente, a HUMANA Portugal, associação sem fins lucrativos especializada na recolha e gestão de todo o tipo de têxtil, afirma ser “necessário aumentar ações de sensibilização e consciencialização, reforçar a transparência do sector de gestão de resíduos e facilitar meios de depósito de doações em contentores apropriados aos cidadãos”.
A HUMANA Portugal disponibiliza mais de mil contentores, situados de norte a sul, onde podem ser introduzidas roupas, calçado, acessórios e têxtil do lar e, como dados da Comissão Europeia indicam que por cada kilo de roupa que se reutiliza evita-se a emissão de cerca de 3,169 kg de CO2 para a atmosfera., a organização – que recolhe anualmente cerca de 3 mil toneladas de têxtil- calcula que evita, nesse tempo, a emissão de quase dez toneladas de CO2 para a atmosfera.
Segundo a organização, 9 em cada 10 peças de roupa usadas são passíveis de ter uma segunda vida através da reutilização ou reciclagem, “Desenvolvendo uma gestão apropriada do têxtil ao longo do seu ciclo de vida torna possível a sua reintrodução no mercado como peça em segunda mão ou em forma de outro produto”, refere em comunicado. Assim, gere as doações de roupa e calçado dos cidadãos com o fim de aproveitar os têxteis descartados, dando-lhe uma segunda vida e favorecendo o modelo da economia circular.
A Humana tem ainda uma rede de 12 lojas secondhand, incentivando à reutilização e ao consumo sustentável e responsável que, só nos últimos 3 anos, recebeu cerca de 900 mil clientes, que optaram por dar uma segunda vida a mais de dois milhões de peças de roupa, calçado e acessórios.