
AEPSA reclama revisão do Plano de Resíduos Industriais de 2002
A AEPSA - Associação das Empresas Portuguesas do Setor do Ambiente – reclama a revisão do Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Industriais (PESGRI), que data de 2002 e deve ser “atualizado em linha com os objetivos da Economia Circular”.
A associação está disposta a colaborar com a tutela “num novo PESGRI que valorize e regule o papel dos aterros de resíduos industriais, como ferramenta necessária na solução global de gestão de resíduos”.
No momento em que o Ministério do Ambiente e Ação Climática anuncia o Plano de Ação de Aterros 2020, já para o próximo mês de julho, torna-se ainda mais premente, segundo a associação, "uma discussão alargada com os operadores do setor, para que as propostas que o Governo quer ver aprovadas correspondam às expetativas do setor".
Para a AEPSA é necessário um “debate sério” sobre a gestão de resíduos industriais no seguimento de diversas manifestações públicas sobre esta atividade. “A discussão de um tema tão importante para a política ambiental, para a saúde pública, para a vida das pessoas, bem como para a manutenção do tecido industrial do país, deve realizar-se de forma responsável, rigorosa e transparente, sem espaço para populismos e oportunismos”, frisa a associação em comunicado.
A associação sublinha que os aterros de resíduos industriais são “instrumentos fundamentais” para uma política ambiental sustentada e responsável e para um sistema nacional eficiente de gestão de resíduos.
“Foram no passado soluções incontornáveis para permitir o encerramento das lixeiras em Portugal e voltaram a mostrar, nesta fase de pandemia, que são infraestruturas imprescindíveis para dar resposta ao enorme desafio da gestão de resíduos”, realça a AEPSA.