Cimento inovador aproveita desperdícios de celuloses

Cimento inovador aproveita desperdícios de celuloses

Investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveram um cimento inovador produzido com recurso a desperdícios da indústria de celulose, nomeadamente cinzas e grãos de cal que de outra forma iriam parar a aterros. Estes elementos constituem 70 por cento dos ingredientes do eco-cimento da UA , sendo metacaulino o restante.


Este material pode ser usado no lugar dos cimentos tradicionais com níveis de desempenho idênticos, afirma-se num comunicado da Universidade de Aveiro. Foi desenvolvido para ter as mesmas caraterísticas do cimento Portland, cuja produção é altamente poluente, mas o eco-cimento desenvolvido no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC) da UA assume-se como uma alternativa aos ligantes tradicionais. Os investigadores acrescentam que reduz drasticamente o uso de recursos naturais virgens e pode ser produzido à temperatura ambiente, diminuindo consideravelmente o consumo de energia.


“As nossas argamassas geopoliméricas são uma alternativa válida às produzidas com cimento Portland pois têm propriedades que as tornam adequadas para diversas aplicações na construção”, explica Manfredi Saeli (na foto), o investigador que a par de Rui Novais, Paula Seabra e João Labrincha desenvolveu o novo material.


Ainda segundo os investigadores “Os geopolímeros endurecem rapidamente, exibem uma matriz estável e uniforme, um desempenho mecânico adequado e uma excelente resistência a produtos químicos e ao envelhecimento. Tudo isso torna essa nova classe de cimentos uma alternativa ao cimento Portland válida e sustentável”, concluem.

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