
Entidades gestoras de equipamentos elétricos e eletrónicos tomam iniciativa conjunta para melhorar resultados
Os diversos problemas que enfrenta o Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE) levaram as entidades gestoras de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos a conjugar esforços na procura de uma solução conjunta, que permita o cumprimento das metas nacionais de recolha. As três entidades gestoras de resíduos elétricos e eletrónicos com atividade em Portugal (ERP Portugal, Associação Gestão de Resíduos; Electrão Associação de Gestão de Resíduos, e Weeecycle, Associação de Produtores de EEE) vão realizar um estudo de todo o sistema «para detetar onde se está a falhar e encontrar soluções que permitam a Portugal atingir as metas impostas».
Um ponto crítico identificado por estas entidades está na existência de canais informais que desviam resíduos do circuito do SIGREEE, diminuindo as quantidades recolhidas. Outra das ameaças está relacionada com determinados componentes destes resíduos, que exigem um tratamento especifico. Este processo, que é legalmente exigido aos recicladores do SIGREEE, não é cumprido pelos atores informais, devido ao seu custo, o que representa «um grave problema de segurança ambiental». As entidades gestoras pretendem ainda que a legislação seja alvo de análise, para o reforço da aplicação dos requisitos legais com o objetivo de garantir um desempenho ambiental elevado e custo-eficiente. uniram esforços no combate aos problemas que o Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE) enfrenta.
Depois de a União Europeia ter aumentado as metas de recolha de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos para 65% em 2019, o que equivale a cerca de 103 066 toneladas segundo o Ministério do Ambiente, o SIGREEE demonstrou grandes dificuldades em concretizar o objetivo nacional, tendo ficado aquém dos valores definidos. Rosa Monforte, Diretora-Geral da ERP Portugal, afirma que “há diversas falhas no sistema. Desde o mercado alternativo, que retira do circuito grandes quantidades de resíduos que poderiam ser corretamente encaminhados e contabilizados para as metas, mas também do lado da fiscalização e mesmo do consumidor em colocar os seus equipamentos avariados nos locais apropriados». Pedro Nazareth, Director-Geral do Electrão, Associação de Gestão de Resíduos, sublinha que, apesar do Electrão ter um entendimento específico expresso na agenda de eléctricos, é importante «a procura do terreno comum com todos os outros agentes, para ultrapassar este impasse e promover as alterações necessárias à política de gestão de resíduos».
Elaborado pela empresa de consultoria ambiental 3Drivers, o estudo vai estar concluído até ao final do ano e, como destaca Carla Gonçalves, Diretora-Geral da WEEECYCLE – Associação de Produtores de EEE, tornará possível «cooperar no sentido de alcançar melhorias na implementação de todo o processo de recolha e tratamento de REEE».