Matos Fernandes: fundos comunitários “nunca mais” vão financiar sistemas deficitários
O ministro do Ambiente e da Ação Climática garantiu que os fundos comunitários “nunca mais” vão financiar candidaturas de municípios que não tenham uma cobertura dos seus custos de abastecimento de água e saneamento.
A garantia foi dada aos jornalistas no início da semana, em Soure, no final da sessão de apresentação dos projetos da empresa intermunicipal da ABMG - Águas do Baixo Mondego e Gândara, que decorreu naquele concelho do distrito de Coimbra, onde o ministro antes liderou a cerimónia de inauguração de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR), em Vinha da Rainha, e um Centro Ecológico na zona industrial de Soure.
João Matos Fernandes salientou que a política de financiamento do Governo é óbvia: "financiar e abrir essencialmente avisos para aqueles que são os municípios que estão agregados". Segundo o ministro, a política governativa passa por "ter sistemas eficientes e não conhecemos sistemas eficientes com dimensões abaixo das mínimas e, por isso, essas dimensões só se conseguem através das agregações".
Para o titular da pasta do Ambiente e da Ação Climática, as agregações são mesmo necessárias para que se seja "possível ter tarifas justas, que são aquelas que não pesam excessivamente no rendimento das famílias, mas em simultâneo recolhem a verba necessária para que o sistema se mantenha a funcionar. "São mais os prós do que os contra e tudo pode ser afinado e melhorado, mas o princípio deve ser este: pensar em quem paga os investimentos e na eficiência da gestão", referiu.