Secretária de Estado do Ambiente alerta para impactos sistémicos da transição energética
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Secretária de Estado do Ambiente alerta para impactos sistémicos da transição energética

A Secretária de Estado do Ambiente alertou, no discurso de abertura do Portugal Renewable Summit, organizado pela APREN, que decorreu esta quinta-feira, para os impactos sistémicos consequentes de uma transição energética. Inês Costa apelou ainda a uma maior inteligência com o uso dos recursos, afirmando que não basta ser eficiente, é também necessário ser eficaz e suficiente, pensando de forma sistémica.

Inês Costa considera que há ideia de que “basta trocar combustíveis fósseis por energias renováveis para que todos os nossos problemas se resolvam", mas lembra que são necessárias estruturas materiais para a captação dessa energia. Embora a energia seja limpa, essas estruturas materiais podem não o ser, realça.

“Hoje, a ciência diz-nos que a taxa de uso de materiais já excede em muito o nível considerado como sustentável. É verdade que precisamos de uma transição energética o mais rapidamente possível, mas é fundamental ter presente quais os impactos sistémicos do modo como fazemos essa transição”, afirmou. 

Tendo por base estimativas do Banco Mundial, Inês Costa realçou as quantidades de materiais necessários para produzir, de modo renovável, a energia necessária para a economia global até 2050: 34 milhões de toneladas de cobre, 40 milhões de toneladas de chumbo, 50 milhões de toneladas de zinco, 162 milhões de toneladas de alumínio, e 5 mil milhões de toneladas de ferro. 

A Secretária de Estado referiu ainda a importância da visão de uma economia circular de baixo carbono na economia, na sociedade e na governança, afirmando que “o desafio que se coloca perante nós é bem mais do que um desafio energético, tecnológico ou económico: é um desafio sistémico. É um desafio humano”. 

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