
ZERO pede limites mais apertados para qualidade do ar na União Europeia
A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável pede que a União Europeia (EU) aperte os limites sobre a qualidade do ar, já que considera que atualmente os mesmos são permissivos e não acompanham as diretivas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
De acordo com a associação ambientalista as normas da qualidade do ar “estão datadas e desalinhadas da estratégia de poluição zero para a Europa e do Pacto Ecológico Europeu, não respondendo aos modernos desafios ambientais e às legítimas reivindicações dos cidadãos por um ar limpo”, alerta, e continua ainda: “Na UE há normas relativas à qualidade do ar, mas os limites são demasiado elevados, acima dos limites de segurança. Isto tem levado os cidadãos a crer, quando os limites são cumpridos, que respiram um ar limpo e seguro, mas isto em muitos casos não é verdade”.
Os números anunciados pela ZERO em comunicado dão conta que a má qualidade do ar na EU é responsável por 400 mil mortes prematuras e centenas de milhares de milhões de euros em custos de saúde anualmente, sendo que em Portugal estes serão superiores a 1,4 milhões de euros.
A ZERO deixa, por isso, um pedido aos deputados portugueses no Parlamento Europeu, para contribuirem para “um processo legislativo célere que corresponda à urgência do momento” e leve a uma convergência com o Pacto Ecológico Europeu.
Hoje e quinta-feira, dias 24 e 25 de março, o plenário do Parlamento Europeu irá debater e rever as diretivas da qualidade do ar ambiente na União, o que é, de acordo com a associação, uma oportunidade única para atualizar as normas em vigor.