Carmona desenvolve tecnologia inovadora para tratamento de lixiviados

A Carmona SLTC desenvolveu, através do departamento de investigação e desenvolvimento, uma tecnologia para tratamento de lixiviados que se baseia numa simbiose entre os processos de evaporação por vácuo e de evaporação forçada.

“Apesar de existirem no mercado diversas tecnologias destinadas ao tratamento de águas lixiviantes, na maior parte dos casos, os custos do tratamento, associados aos custos das instalações e à qualidade do tratamento, deixam lacunas difíceis de ultrapassar. Os tratamentos biológicos, habitualmente, não funcionam, uma vez que os lixiviados contêm contaminantes recalcitrantes relativamente à acção das bactérias”, explica a empresa para sublinhar as potencialidades da tecnologia.

A unidade de tratamento Evapotecnic “aceita efluentes de naturezas e composições muito variadas adequando, caso a caso, a arquitectura funcional da instalação, obtendo-se assim uma eficiência energética, não habitual em processos industriais dependentes de ciclos térmicos”.

O processo Evapotecnic ocupa-se das três fracções (gasosa, líquida e sólida) presentes ao longo do processo de tratamento do lixiviado e assenta em três eixos funcionais.

Em primeiro lugar, o “sistema de condensação prévia de voláteis por crionização permite a associação à evaporação forçada e por vácuo, sem o prejuízo da libertação de voláteis para a atmosfera, rentabilizando estes dois processos na obtenção de um efluente condensado liberto de contaminantes”.

Por outro lado “o sistema combinado de evaporação forçada e vácuo, para o qual contribui a torre de evaporação forçada, cuja performance depende do estado de saturação do ar ambiente e pode ser determinante para a economia do processo, evita o consumo de energia térmica aplicada ao processo de evaporação nos evaporadores de vácuo”. Esta solução garante que o ciclo de tratamento se completa do ponto de vista energético, independentemente das condições atmosféricas;

Por último, o sistema de separação sólido-líquido, cujo contributo é dado por uma centrifugadora, “resume-se à capacidade de retirar sólidos em suspensão no efluente em regime contínuo e no momento mais adequado, do ponto de vista da sua concentração, evitando ou minorando fenómenos de incrustação”.