
ERSE: preço da gasolina simples com sétimo aumento consecutivo em junho
O preço de venda ao público médio da gasolina simples aumentou 1,7% em junho, face a maio, o que representa “o sétimo aumento consecutivo” em Portugal, mas o peso das margens de comercialização desceu, segundo o mais recente boletim publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). “O PVP médio da gasolina simples 95 aumentou (+1,7%) face a maio, representando o sétimo aumento consecutivo”. “A componente do PVP de maior expressão corresponde a impostos, que representou em maio aproximadamente 58,8% do total da fatura da gasolina”. Paralelamente, “o PVP do gasóleo simples aumentou (+2,4%) em junho, somando o segundo aumento consecutivo desde a correção verificada em abril”.
Porém, “a componente da margem de comercialização desceu 0,2%”, sendo que “as componentes de logística, reservas e incorporação de biocombustíveis não sofreram alterações significativas”.
Segundo a entidade, “a maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde à componente de impostos, seguida do valor da cotação internacional e frete, sendo que esta aumentou em linha com o comportamento dos mercados internacionais”.
Por sua vez, “o peso da componente margem de comercialização do PVP do gasóleo simples diminui ligeiramente em junho face ao mês anterior”, indicou a ERSE, sendo que “as componentes com menor expressão na formulação do preço, designadamente a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas, não sofreram alterações significativas”, lê-se no boletim.
Por fim, de acordo com o regulador, em junho “verificou-se uma atualização de 1,6% e de 1,1%, do preço médio de venda ao público nas garrafas mais comercializadas (G26) de gás propano e butano”.
A ERSE revelou ainda que “o consumo de combustíveis derivados do petróleo, considerando a gasolina, o gasóleo, o jet e o GPL, aumentou (3,7%), [em junho] mantendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro”.
Recorde-se que o Governo aprovou uma proposta de lei que permitirá ao executivo limitar as margens na comercialização de combustíveis por portaria, caso considere que estão demasiado altas "sem justificação", segundo o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
A margem dos comercializadores, no final de junho, era superior em 36,6% na gasolina e 5% no gasóleo à margem média praticada em 2019, segundo um estudo da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), divulgado no dia 14 de julho e que serviu de base à decisão do Governo.