Apagão: aelēc questiona decisões da REE e associações alertam para custos adicionais
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Apagão: aelēc questiona decisões da REE e associações alertam para custos adicionais

A  Asociación de Empresas de Energía Eléctrica (aelēc),  que representa empresas como a Iberdrola, Endesa e EDP, criticou a atuação da Red Eléctrica de España (REE) durante o apagão de 28 de abril, levantando dúvidas sobre a gestão dos recursos necessários para manter a estabilidade do sistema elétrico. Num comunicado posterior, as associações Asociación de Comercializadores de Energía (ACE), Asociación de Comercializadores Independientes de Energía (ACIE), Asociación de Empresas con Gran Consumo de Energía (AEGE) e a aelēc expressaram também preocupação com os custos acrescidos resultantes da estratégia adotada após o incidente.

Em comunicado divulgado a 19 de junho, a aelēc reagiu ao relatório da Comissão de Governo sobre o apagão, considerando que este confirmou “a insuficiência de recursos disponíveis para controlar a tensão no sistema elétrico”. A associação sublinha que a REE tinha inicialmente identificado a necessidade de dez geradores síncronos, mas que, no caso da Andaluzia, apenas um se manteve em funcionamento no dia da falha. “A capacidade de controlo de tensão era claramente insuficiente”, lê-se na nota.

A aelēc afirma ainda que o sistema já demonstrou ser capaz de suportar outras falhas significativas sem colapsar, desde que dotado das ferramentas técnicas adequadas. Por isso, considera que “afirmar que tudo foi feito corretamente e que uma desconexão parcial da geração por si só justifica um apagão generalizado representa um dano à reputação do setor elétrico espanhol”.

Num segundo comunicado, divulgado a 23 de junho, as associações ACE, ACIE, AEGE e aelēc manifestaram preocupação com os encargos gerados pela chamada “operação reforçada”, aplicada pela REE após o apagão, e que implicou o uso mais intensivo de centrais de ciclo combinado e restrições técnicas.

De acordo com dados da própria REE, referidos pelas associações, o custo médio das restrições técnicas no mercado diário em maio foi de 22 euros por MWh, mais do dobro do registado em maio de 2024. Apesar de alguma redução em junho, os custos continuam significativamente acima do valor do ano passado. As associações pedem à REE “maior visibilidade sobre a evolução desses custos” e solicitam a publicação diária dessa informação, bem como um esclarecimento sobre a duração prevista da estratégia em vigor.

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