
Cascais lança projeto para potenciar produção de energia renovável e reduzir fatura das famílias
A Câmara de Cascais lançou esta segunda-feira um projeto que visa potenciar a produção de energia renovável e reduzir os custos das famílias com a fatura da eletricidade, anunciou a autarquia.
Em declarações à agência Lusa, a vereadora com o pelouro do Ambiente na Câmara Municipal de Cascais, Joana Pinto Balsemão (PSD), explicou que este projeto se insere num pacote de medidas, nas diferentes áreas, que a autarquia vai levar a cabo para apoiar as famílias e as empresas no combate à inflação.
No âmbito da energia, uma das medidas que irá ser desenvolvida pelo município de Cascais é a criação das "comunidades de energia", um projeto que tem como principais objetivos "reduzir a fatura da energia das famílias, aumentar o conforto térmico e caminhar para a neutralidade carbónica.
Nesse âmbito, Joana Pinto Balsemão adiantou que numa fase mais adiantada está um programa da Santa Casa da Misericórdia de Cascais e da Energia Unida (Greenvolt) que instalou um sistema de autoconsumo partilhado, disponibilizando e partilhando energia excedente da creche de Bicesse com 61 famílias "em situação de vulnerabilidade social".
"Digamos que é uma comunidade de energia inclusiva porque vai permitir autoconsumo e permitir também a 61 famílias da proximidade beneficiarem da energia verde e mais barata", apontou.
Em curso neste município está também o projeto "Cascais Smart Pole", da responsabilidade da Faculdade Nova SBE (School of Business and Economics), que prevê produzir cerca de 500 quilowatt-hora, devendo estar concluído no primeiro semestre de 2023.
Numa fase menos avançada está a colocação de painéis solares em 22 edifícios municipais também para produção e partilha/venda de energia excedente.
"Estamos a fechar o caderno técnico, o caderno de encargos. Temos de seguir todos os procedimentos da contração pública. Tem de haver um concurso. Já está a ser fechado o estudo do dimensionamento. É um caminho novo que o setor público está a trilhar", sublinhou.
No pacote de ajuda, no âmbito da energia, está também prevista a criação de um fundo verde de apoio às famílias e outro destinado às empresas, para a troca de equipamentos que sejam "mais eficientes no consumo de energia" e a implementação do programa "Cascais mais solar", dirigido aos edifícios públicos.
"É só para o setor público. Aqui implica não tanto uma comunidade de energia, mas, onde for possível, colocar painéis solares para autoconsumo, em edifícios que são públicos", explicou.
No total dos apoios a este setor, a Câmara Municipal de Cascais prevê um investimento de cerca de dois milhões de euros.