
CIM Coimbra com mais de um milhão de euros para investir em transição energética
Os municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM Coimbra) podem apostar na transição energética sustentável ao abrigo do projeto ‘C-REST: Região de Coimbra rumo à Transição Energética Sustentável’, com um investimento superior a um milhão de euros, no âmbito do programa ELENA - European Local Energy Assistance.
O contrato com o Banco Europeu de Investimento (BEI) foi assinado, na sede da CIM Região de Coimbra, e permitirá aos 19 municípios que integram a CIM Coimbra beneficiar de apoios que ajudem a mitigar os efeitos das alterações climáticas, como a promoção da utilização de energias renováveis.
Presente na cerimónia de apresentação do projeto, a secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, afirmou que “o trabalho que o poder local faz junto da população é crucial” para alcançar as metas da descarbonização e da intensificação do uso de energias renováveis. Nesta matéria, lamentou, há em Portugal “indicadores bastante preocupantes” e tem ocorrido “falta de eficácia” na aplicação das medidas adotadas com esse objetivo.
O presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, que interveio na sessão na qualidade de vice-presidente da CIM de Coimbra, considerou o contrato assinado com o BEI “essencial para a região e para o país”, sendo o “C-REST” o “único projeto do programa ELENA em curso em Portugal e o primeiro a ser desenvolvido por uma comunidade intermunicipal”.
“A CIM da Região de Coimbra está empenhada em contribuir eficazmente nesta transição, consciente de que é a chave para o futuro mais sustentável e de que estes desafios não podem ser ignorados e necessitam de ações concertadas e da sensibilização de todos”, acrescentou.
Na opinião do autarca, esta é também “uma oportunidade para acelerar a transição energética, através do investimento em pesquisa e desenvolvimento, da criação de políticas públicas favoráveis e, sobretudo, da mobilização da sociedade”.
Por sua vez, o secretário executivo da CIM, Jorge Brito, explicou que o contrato de financiamento consagra um custo elegível de 1.050.000 euros, a par de 90% não reembolsável do investimento global.