Governo lança concurso de 100 milhões de euros para armazenamento de energia
O Ministério do Ambiente e Energia, liderado pela Ministra Maria da Graça Carvalho, anunciou esta quarta-feira o lançamento de um concurso com um investimento de quase 100 milhões de euros (99,75 milhões de euros), no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o objetivo de promover a flexibilidade e o armazenamento de energia na rede elétrica nacional.
A iniciativa visa instalar, até ao final de 2025, pelo menos 500 MW de capacidade de armazenamento de energia na rede elétrica, tanto ao nível do transporte, como da distribuição,
Os projetos elegíveis podem concorrer a financiamentos de até 30 milhões de euros. As candidaturas devem ser submetidas no portal do Fundo Ambiental.
O prazo para concorrer tem início esta quarta-feira, 31 de julho, e estende-se até dia 2 de setembro.
De acordo com a nota de imprensa do Governo, enviada esta quarta-feira, este concurso vem dar uma resposta à necessidade crescente de otimizar e gerir a rede elétrica de forma flexível, especialmente perante a conjuntura geopolítica atual e os seus efeitos no mercado energético.
Citada no comunicado, Maria da Graça Carvalho destacou que este concurso é "uma oportunidade única para empresas e instituições que desejam contribuir para um futuro energético mais sustentável e independente em Portugal, e, assim, fazerem parte da solução para os desafios energéticos atuais".
O concurso complementa o Regulamento do Sistema de Incentivo às Empresas "Flexibilidade da Rede e Armazenamento", aprovado pela Ministra, e alinha-se com o Regulamento Europeu 2023/435, que reforça o REPowerEU. O objetivo é acelerar a transição para um sistema energético mais limpo e sustentável.
"Este é um passo significativo no caminho para a independência energética de Portugal e para a construção de um futuro energético mais verde e sustentável", sublinhou a Ministra do Ambiente e Energia. "O armazenamento de energia desempenha um papel crucial na modernização da nossa infraestrutura elétrica, permitindo uma gestão mais eficaz dos recursos e uma resposta mais ágil às flutuações na oferta e na procura, beneficiando assim a economia e o ambiente."
Concluindo, Maria da Graça Carvalho salientou que, com a crescente integração de fontes de energia renovável, como a solar e a eólica, é essencial dispor de soluções que garantam a flexibilidade e a estabilidade da rede elétrica.