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Hugo Pires propõe pacto verde entre grandes partidos para impulsionar gestão de resíduos

Hugo Pires propõe pacto verde entre grandes partidos para impulsionar gestão de resíduos

O antigo Secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, propôs esta quinta-feira, durante o Encontro Nacional de Resíduos, organizado pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), a criação de um pacto verde entre os grandes partidos. A sugestão, registada pelo Água&Ambiente Online, visa promover uma gestão mais eficiente e sustentável dos resíduos, garantindo o cumprimento das metas ambientais nacionais e europeias.

Em exclusivo ao Água&Ambiente Online, à margem do evento, Hugo Pires explicou que este pacto consiste num compromisso entre os principais partidos e movimentos independentes para priorizar a gestão ambiental nos municípios, incluindo áreas como resíduos, água, qualidade do ar e solos. “Uma economia moderna será uma economia circular que recicla, aproveita e reaproveita os seus recursos. É trágico que ainda depositemos 60% dos nossos resíduos em aterro”, afirmou. O pacto também visa reduzir a politização das questões ambientais durante os ciclos eleitorais autárquicos, centrando os debates na sustentabilidade e na qualidade de vida para as futuras gerações.

As declarações de Hugo Pires reforçam a necessidade de um esforço conjunto para enfrentar os desafios na área dos resíduos, num contexto em que o financiamento europeu é cada vez mais escasso. A proposta de um pacto verde é vista como uma oportunidade para unir esforços em torno de metas comuns e urgentes.

Hugo Pires reconheceu ainda uma falha importante na atualização dos valores de contrapartida para os municípios, algo que já não ocorria há anos, mesmo durante o seu mandato. “Faço aqui a minha culpa”, reconheceu. “Este era um tema que precisava de maior atenção e continuidade para equilibrar os sistemas e garantir o financiamento necessário às autarquias”, admitiu.

O ex-governante defendeu também a abertura da recolha de resíduos em baixa aos privados, destacando que a economia circular apresenta não apenas benefícios ambientais, mas também vantagens económicas, sendo uma área com grande potencial de investimento e rentabilidade. “Precisamos de mais colaboração e de maior envolvimento do setor privado para alcançarmos soluções inovadoras e sustentáveis”, sublinhou.

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