Júri do leilão de hidrogénio admite 9 candidaturas e exclui 16
O júri do leilão para compra centralizada de biometano e hidrogénio admitiu nove candidaturas e excluiu 16, entre elas a da EDP, na fase que antecede a licitação, segundo a ata publicada no 'site' do operador de mercado regulado OMIP, citada pela Lusa.
De acordo com a ata do júri, que se reuniu em 16 de outubro, o primeiro leilão de gases renováveis recebeu 25 candidaturas, tendo sido admitidas para a fase de licitação, que ainda não tem data, apenas nove.
As restantes 16 foram excluídas devido a irregularidades face aos requisitos do leilão, que não são especificadas na ata.
Para os lotes de hidrogénio renovável foram admitidas uma candidatura da Marte Boémio, duas da PTSUNHYDROGEN, uma da WINPTX, uma da CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, uma da HYCHEM - Química Sustentável, uma da WP2X e uma da Essential Advantage.
Já o lote do biometano vai ter apenas a Dourogás como concorrente.
Quanto às candidaturas excluídas, entre as 16 estão as da EDP - Gestão da Produção de Energia, da Smartemergy ou da Hyperion Renewables H2.
Recorde-se que a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou, em 27 de maio, o lançamento do leilão de compra centralizada de hidrogénio e biometano, no valor de 140 milhões de euros.
A ajuda de Estado aos investidores assumirá a forma de um prémio variável ao abrigo de um contrato bilateral por diferença celebrado por um período de 10 anos.
Em dezembro passado, a Comissão Europeia aprovou ajudas estatais de 140 milhões de euros em Portugal para apoiar a produção de hidrogénio renovável e biometano, a fim de promover a transição para uma economia de emissões líquidas nulas.
Segundo Bruxelas, no processo de concurso, os beneficiários são selecionados com base no preço de exercício por megawatts por hora de hidrogénio renovável ou biometano oferecido.