
Presidente da Câmara da Póvoa de Varzim considera lamentável licenciamento de aterro
O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, considerou, esta sexta-feira, “lamentável” que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) tenha emitido uma “licença definitiva” ao funcionamento de um aterro sanitário em Barcelos.
“É um dia negro para o ambiente em Portugal ter-se licenciado uma instalação que não está a funcionar em condições e que causa um objetivo prejuízo para as populações envolventes. Acho lamentável que CCDR-N tenha emitido a licença definitiva. Iremos continuar a lutar nas instâncias judiciais”, disse Aires Pereira.
Em causa está o aterro sanitário de Paradela, no concelho vizinho de Barcelos, que desde o ano passado está a ser alvo de muita contestação por parte da população, nomeadamente das freguesias poveiras de Rates e Laúndos, pelo mau cheiro que emite no seu funcionamento, e que tem sido motivo de várias manifestações.
O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim lembrou que a autarquia já deu entrada, na Justiça, com uma providência cautelar para travar o funcionamento do equipamento, considerando que, até haver uma decisão sobre o processo, a CCDR-N não deveria emitir qualquer licença.
Com uma providência cautelar a decorrer, com as questões que ainda não foram resolvidas e com o protesto das populações devido ao cheio nauseabundo que a instalação continua a produzir, não percebo em que condições foi emitida a licença”, acrescentou.
Aires Pereira considerou que “o Estado Português e a CCDR-N como seu representante não estão a cumprir a missão” e prometeu aumentar as ações de contestação.
Perante este cenário, é ainda mais importante esta providência cautelar e talvez avançar com outro nível de participações, já de um outro foro, porque alguma coisa de estranho se passa neste processo”, afirmou o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim.