Festivais de Verão mais verdes?
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Festivais de Verão mais verdes?

Os festivais de Verão não querem ficar para trás na linha das preocupações ambientais que vão assumindo cada vez mais importância na produção dos grandes eventos em Portugal.

Tornar os festivais mais sustentáveis ecologicamente e chamar a atenção para os problemas ambientais tem sido uma preocupação cada vez mais visível por parte das empresas e autarquias que organizam este tipo de eventos em Portugal. Os especialistas referem que o Rock in Rio, cuja vertente ambiental é bastante marcada, veio impulsionar uma espécie de “movimento verde” que começa a estar presente nos festivais de Verão de norte a sul do País. Mas Sérgio Teixeira dos Santos, director-geral da Terrasystemics, considera que o cidadão comum e a comunicação social começam a querer saber mais. «A pressão relativamente aos resultados na organização dos eventos também é maior», refere.
 
O festival Sudoeste TMN, por exemplo, investiu na instalação de ecopontos na Herdade da Casa Branca e deu a possibilidade aos visitantes de poderem plantar um pinheiro e apadrinhá-lo. Outra das novidades lançadas em 2005 foi a moeda de troca que os visitantes podiam  adquirir na entrega de lixo recolhido no recinto, o Eco TMN, e que podia ser usada para “pagamento” de várias actividades e serviços durante o festival. Já na edição de 2007, a organização aumentou o número de Ecopontos no recinto e na zona de parque de campismo e utilizou lâmpadas de baixo consumo.

A organização do Optimus Alive escolheu a arte como forma de sensibilização ambiental. Na primeira edição do festival, em 2007, uma torre fabricada em fibra de vidro e resina orgânica deu o nome ao espaço ReciclArte, com o objectivo de despertar consciências através do uso de materiais recicláveis na arte. Para este ano está prometido um “oásis” de 1500 metros quadrados que combina arte, música electrónica e multimédia, criado a partir de restos de metal, tecidos e plásticos.

Festivais não divulgam balanço ambiental

Apesar das preocupações ambientais estarem incluídas na divulgação de cada festival, os objectivos são, em regra, demasiado vagos, e não é dado grande destaque às iniciativas “verdes” nos recintos.
 
Do lado dos resultados, o AmbienteOnline tentou apurar, junto de autarquias e de várias empresas que organizam eventos, a quantidade de resíduos e de emissões de carbono produzidos e de energia gasta em alguns dos maiores festivais de verão em Portugal, mas não conseguiu obter qualquer informação das organizações. Uma fonte ligada à organização de um dos festivais que se realizam em território nacional acabou por afirmar ao AmbienteOnline que «é natural que a informação não esteja compilada, já que o despertar para as questões ambientais começou há muito pouco tempo».
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