ANMP: Municípios precisam de financiamento para assegurar recolha de têxteis
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ANMP: Municípios precisam de financiamento para assegurar recolha de têxteis

A Presidente da ANMP - Associação Nacional de Municípios Portugueses, Luísa Salgueiro, afirmou este domingo não ter acesso a financiamento que garanta investimentos em novos sistemas de deposição e novos circuitos de recolha ou ampliação dos existentes para a recolha de têxteis, embora a recolha seletiva deste novo fluxo esteja prevista para arrancar já em 2025, noticiou a agência Lusa.

E justificou: "Ao contrário dos biorresíduos, o Fundo Ambiental, para o ano de 2024 não contempla qualquer apoio financeiro para a implementação da recolha seletiva do fluxo de resíduos têxteis, o que dificulta, naturalmente, o investimento dos municípios", adiantou.

Já quanto à recolha seletiva de biorresíduos, os municípios afirmam estarem comprometidos com este desígnio nacional da valorização do resíduo como um recurso e com ele produzir valor - o biometano. No entanto, a ANMP admite ser um desafio acrescido para a gestão municipal a recolha dos biorresíduos no setor residencial.

"É necessário continuar com os apoios financeiros à implementação ou ampliação e otimização dos sistemas de recolha de biorresíduos, como o programa RecolhaBIO através do Fundo Ambiental, mas que se revela insuficiente", considerou, destacando que este é um processo que também passa pela sensibilização dos cidadãos para a separação destes resíduos.

A meta de preparação para a reutilização e reciclagem de resíduos urbanos é de 55% até 2025 e de 65% até 2035, que inclui os biorresíduos e os outros resíduos recicláveis contidos nos resíduos urbanos, registando-se 33% em 2022 em Portugal, segundo o Relatório Anual de Resíduos Urbanos da APA.

"Portanto, há um caminho a percorrer, quer intensificando a recolha de biorresíduos, quer a de materiais recicláveis, mas o que é mais importante para o cumprimento dos objetivos, independentemente da solução adotada, é a participação do cidadão na correta separação e valorização de resíduos", destacou Luísa Salgueiro.

 

 

O Regime Geral de Gestão de Resíduos define medidas de gestão para frações específicas de resíduos urbanos: biorresíduos; resíduos têxteis; resíduos volumosos, incluindo colchões e mobiliário; resíduos perigosos; óleos alimentares usados e resíduos de construção e demolição resultantes de pequenas reparações e obras de bricolage em habitações.

"Até 1 de janeiro de 2025, as entidades responsáveis pelo sistema municipal de gestão de resíduos urbanos disponibilizam uma rede de recolha seletiva para estas frações", lê-se no ‘site’ da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que não respondeu às questões da Lusa sobre o arranque da recolha seletiva de têxteis.

 

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