Coimbra desenvolve tecnologia de IA que monitoriza as pegadas ambientais na agricultura
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Coimbra desenvolve tecnologia de IA que monitoriza as pegadas ambientais na agricultura

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver um sistema baseado em inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) que visa a monitorização das pegadas ambientais na agricultura.

O projeto ‘Pegada 4.0’, liderado pela Universidade de Évora e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foca-se em cinco indicadores essenciais: dióxido de carbono, recursos hídricos, poluição difusa, paisagem e biodiversidade. O objetivo é medir e reduzir o impacto ambiental das práticas agrícolas, promovendo uma produção mais sustentável.

A metodologia utilizada inclui a recolha de dados multimodais, abrangendo medições de temperatura e humidade, imagens de insetos e plantas, registos sonoros de aves, entre outros. O objetivo é integrar e analisar estas informações, permitindo a identificação automática das espécies e a deteção de novas ao longo do tempo, através de modelos de IA dinâmicos.

A pegada da monitorização também conta com a instalação de armadilhas de insetos que recolhem imagens para identificação de espécies. 

Este projeto analisa ainda o impacto das alterações da paisagem na biodiversidade, demonstrando como a gestão sustentável pode beneficiar o ecossistema agrícola. Com modelos de IA já em teste no terreno, a equipa da FCTUC está a trabalhar para consolidar estas tecnologias na prática agrícola.

Catarina Silva, professora do Departamento de Engenharia Informática (DEI) e investigadora do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), explica, citada em comunicado, que o foco principal da FCTUC é a pegada da biodiversidade, incentivando a sua preservação e crescimento nas parcelas agrícolas definidas no projeto. “Trabalhamos na monitorização da biodiversidade, recolhendo e processando informação sobre espécies existentes e a sua evolução ao longo do tempo”, acrescenta.

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