Comissão Europeia publica relatório do estado da União da Energia 2024
A Comissão Europeia publicou esta quarta-feira, 11 de setembro, o relatório de 2024 sobre o estado da União da Energia, que descreve a forma como a União Europeia (UE) geriu desafios no panorama da política energética durante o mandato atual e tendo em conta os impactos da crise energética, devido à guerra na Ucrânia.
No documento, consultado pelo Água&Ambiente destacam-se “progressos significativos” no domínio das energias renováveis. “A energia eólica ultrapassou o gás para se tornar a segunda maior fonte de eletricidade da UE atrás da energia nuclear e, no primeiro semestre de 2024, as renováveis geraram 50% da eletricidade na UE”.
Em 2022, o consumo de energia primária da UE renovou a sua tendência descendente, diminuindo 4,1 %. No entanto, “os esforços em matéria de eficiência energética terão de ser intensificados para que a UE cumpra o objetivo de redução de 11,7 % do consumo final de energia até 2030”.
Bruxelas considera serem “necessárias melhorias adicionais”, nomeadamente no que diz respeito à eletrificação generalizada do equipamento de aquecimento e à taxa de renovação dos edifícios. “São precisos esforços redobrados para fazer face aos elevados preços da energia. Tal é fundamental para melhorar a competitividade da indústria da UE e acelerar os investimentos nas redes de infraestruturas integradas da Europa, que são essenciais para a eletrificação da economia europeia”, lê-se.
O relatório recorda que todos os Estados-membros devem apresentar os seus planos nacionais atualizados finais em matéria de energia e clima o mais rapidamente possível, a fim de assegurar a consecução coletiva dos objetivos em matéria de energia e clima para 2030.
“A avaliação dos projetos de atualização dos Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC), publicada em dezembro de 2023, revela que os Estados-membros deram um passo na direção certa, mas que tal ainda não é suficiente para reduzir as emissões líquidas de gases com efeito de estufa em, pelo menos, 55 % até 2030, devendo ter em conta as recomendações da Comissão para os seus planos finais”, refere a Comissão Europeia.
Reforçar a segurança energética e a competitividade, capacitar os consumidores na transição para as energias limpas e enfrentar desafios novos e emergentes em matéria de eficiência e pobreza energéticas, preços da energia e o risco de novas dependências estratégicas críticas são outras preocupações explanadas no relatório por parte do Executivo comunitário.