COP 21: Depois de Paris “não haverá segunda oportunidade”, diz Carlos Zorrinho
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COP 21: Depois de Paris “não haverá segunda oportunidade”, diz Carlos Zorrinho

O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho, comentador da área da energia no Ambiente Online, considera que a cimeira do clima das Nações Unidas, que arrancou ontem oficialmente e se prolonga até dia 11 de Dezembro na capital francesa, representa o início de uma nova era. “Não se definirá tudo em Paris, mas não haverá uma segunda oportunidade para se arrancar com as prioridades certas”, avisa.

O eurodeputado acredita que a 21ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP21) tem “todas as condições para dar um novo impulso nas políticas focadas nas pessoas e na sustentabilidade do planeta”.

Além da consciência acrescida na opinião pública mundial sobre a necessidade de conter o aquecimento global, o contexto de crise geopolítica em que esta Cimeira ocorre pressiona favoravelmente os líderes mundiais para assumirem um protagonismo positivo neste processo, analisa Carlos Zorrinho.

“Com grande sabedoria política e capacidade de interpretar o que correu menos bem em Cimeiras anteriores, Laurent Fabius e a França colocaram o debate político global antes dos debates técnico-políticos de definição do acordo. Pelo que temos podido escutar das intervenções dos grandes líderes globais, desta vez um acordo robusto e com caracter vinculativo será possível de atingir”, antevê. 

Carlos Zorrinho lembra no entanto que vale a pena estarmos “muito atentos ás negociações técnico-políticas” que se seguirão. “Além do compromisso com as metas e com o fundo de apoio aos países menos desenvolvidos, importa ler os sinais sobre a necessária reconversão dos modelos de organização social e industrial, sobre a transição energética, sobre as políticas para os oceanos, sobre o controlo dos riscos de migrações climáticas, sobre a segurança alimentar e sobre a biodiversidade”. 

Da 21ª Conferência das Partes sobre Alterações Climáticas sairá um acordo que será o sucessor do protocolo de Quioto. O objectivo é conseguir um entendimento entre os países de forma a reduzir as emissões garantindo que o aumento da temperatura global se mantém abaixo dos 1,5 e os 2 graus em relação à era pré-industrial

A.S.

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