
Desempenho climático de Portugal cai duas posições para 15.º lugar
Foi divulgado, esta quarta-feira, na COP29, em Baku, o Índice de Desempenho das Alterações Climáticas, (CCPI na sigla original - Climate Change Performance Index), um instrumento que traduz o desempenho das políticas climáticas de cada país.
Este ano, Portugal piora a sua classificação, descendo dois lugares em relação ao ano passado, da 13.ª para a 15.ª posição, embora continue a fazer parte dos países com classificação alta.
No lugar cimeiro, que é na verdade o quarto, mantém-se a Dinamarca, seguida dos Países Baixos e do Reino Unido, este com uma grande subida. No grupo dos 15 países a verde seguem-se as Filipinas, Marrocos e Noruega, entre outros, com Portugal a fechar a lista.
Os países com pior desempenho ambiental são 15, incluindo a China e os Estados Unido, os maiores emissores de GEE, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Federação Russa ou a Turquia.
O CCPI é da responsabilidade das organizações internacionais "Germanwatch", "NewClimate Institute" e "CAN International". A CAN - Rede de Ação Climática, é uma rede global de mais de 1.900 organizações da sociedade civil em mais de 130 países que promove ações para combater a crise climática e alcançar a justiça social.
O CCPI analisa e pontua as políticas climáticas de cada país, fazendo parte da lista 66 países (e União Europeia), que representam 90% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) do mundo inteiro.
Em comunicado, o Ministério do Ambiente e Energia, refere que Portugal “melhorou a sua prestação nos rankings dos gases com efeito de estufa (subiu de 16º para 15º); das Energias Renováveis (de 20º para 18º) e da Política Climática (de 20º para 16º), mantendo a posição no domínio do Uso de Energia (17º), relativamente ao CCPI de 2024 (que utiliza dados de 2022)”.
Quanto à prestação em matéria de emissões nacionais de gases com efeito de estufa (GEE), “Portugal tem vindo a registar reduções sucessivas desde 2005, sendo que os últimos dados disponíveis, referentes a 2023, apontam para uma continuação da tendência de descida, não sendo possível, com os dados disponíveis à data, extrapolar e estimar com algum nível de rigor, que em 2024 haverá um aumento das emissões”, adianta a tutela.