Dourogás anuncia novas injeções de biometano na rede nacional de gás para o segundo semestre de 2023
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Dourogás anuncia novas injeções de biometano na rede nacional de gás para o segundo semestre de 2023

Nuno Afonso Moreira, CEO da Dourogás, anunciou que a empresa irá fazer novos reforços de biometano na rede nacional de gás durante o segundo semestre de 2023, e, adiantou ainda, ser expectável que, até ao final do ano, a atividade de mobilidade da Dourogás seja feita totalmente à base de gases renováveis.

“No final de março a empresa importou e injetou 1 gigawatt/hora (GWh) de biometano permitindo que, mais de 1000 camiões, por dia, possam ser abastecidos com gás 100% renovável. Isto é um momento histórico para o sector da mobilidade pesada de mercadorias e motiva-nos a continua este percurso. No segundo semestre faremos novos reforços de biometano na rede e é expectável que, até ao final do ano, a atividade de mobilidade da Dourogás seja feita totalmente à base de gases renováveis. Acreditamos que este é o caminho com menor impacto económico para as empresas de transportes pesados”, afirmou Nuno Afonso Moreira na Lisbon Green Gas Summit.

Este é um encontro promovido pela Dourogás, Sonorgás e a IGU (International Gas Union), que reúne os principais especialistas nacionais e internacionais na área da energia, especialmente dos gases renováveis, do ambiente e da sustentabilidade.

Nuno Afonso Moreira disse ainda que a Dourogás está a desenvolver mais seis projetos de produção de biometano, que devem entrar em funcionamento nos próximos dois anos. Atualmente, a Dourogás produz biometano em dois projetos em Portugal: em Mirandela (há cerca de um ano) e na ETAR de Frielas, em Loures. Ambas as unidades têm uma produção anual combinada de 30 GWh: "Estamos a desenvolver outros projetos e esperamos que eles vejam a luz do dia nos próximos dois anos. Os primeiros já em 2024, para que o biometano possa ser a solução da mobilidade pesada. Os transportadores querem ter uma solução para saber qual é o camião que vão comprar a seguir", disse o CEO da Dourogás.

Por sua vez, o Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, que presidiu à abertura da conferência, afirmou que “o biometano e o hidrogénio são absolutamente estratégicos para alcançar objetivos de descarbonização até 2030”. Atualmente, “temos a vantagem de poder produzir de forma descentralizada estes dois gases. Parte desta riqueza pode ser distribuída pelo nosso território “, acrescentou. Já arrancou a segunda fase de apoio à produção de hidrogénio e prevê um investimento de 83 milhões de euros. Portugal tem, neste momento, 25 contratos assinados para a produção de biometano e hidrogénio a nível nacional e um montante de 100 milhões de euros em apoios para produzir, até ao final do ano, 113 megawatts de gás renovável. No âmbito da sua intervenção, o MAAC acrescentou “quanto ao hidrogénio, o novo Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030), que está em processo revisão e deverá ser apresentado até junho, a pedido da Comissão Europeia, prevê que sejam instalados 2,5 GW de eletrolise em Portugal para a produção de hidrogénio verde. Além disso estão alocados nove mil milhões de euros em investimento em novos projetos nestes setores". “A produção de hidrogénio verde e produtos associados — amoníaco verde, metanol verde, aço verde, combustíveis sintéticos — a preços competitivos pode constituir a base para um reforço de mercado europeu de energia, com Portugal a passar da posição de importador de combustíveis para a posição de exportador europeu de referência, reforçou.

Os trabalhos da conferência Lisbon Green Gas Summit, terminaram esta quinta-feira, 18 de maio, em Lisboa. A iniciativa teve como tema “Por um mundo melhor – da sustentabilidade à ação restaurativa”. O ponto de partida foi a sustentabilidade, mas o desafio deixado às empresas e sociedade no geral é que estas evoluam para o conceito de restauração (ação restaurativa), colmatando o impacto que a produção e o consumo de energia podem provocar no ambiente.

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