
Energia: projeto da Endesa no Pego atrasado, investimentos avançam no final do ano
A Endesa admite "algum atraso" no projeto da central do Pego, mas garantiu que mantém todos os compromissos e que espera avançar no final deste ano com os investimentos previstos. A informação foi avançada a 27 de fevereiro, na apresentação dos resultados da empresa em 2024 que teve lugar em Madrid, Espanha.
Citado pela Lusa, o presidente executivo da Endesa (CEO), José Bogas, disse que o projeto tem várias partes, que "vão conseguindo as declarações de impacto ambiental", e afirmou que "avança corretamente". Os compromissos "vão-se cumprindo", incluindo os sociais, com a comunidade local, ou a formação de trabalhadores, acrescentou.
Recorde-se que a Endesa ganhou o concurso de transição justa para a reconversão da Central Termoelétrica do Pego, com um projeto de investimento de cerca de 700 milhões de euros, que combina a hibridização de fontes renováveis (solar fotovoltaica e eólica) e o seu armazenamento, com iniciativas de desenvolvimento social e económico.
Dada a complexidade do projeto, a empresa decidiu dividi-lo em quatro blocos, que estão em diferentes fases de tramitação ambiental, com vista à entrada em funcionamento em 2027, sendo que o primeiro bloco é o de Aranhas, para energia eólica equivalente ao consumo de 350.000 habitações durante um ano.
O projeto da Endesa para a reconversão da central do Pego teve em novembro passado um parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), ainda que com condições.