ERP Portugal e DECO PROteste lançam estudo sobre reciclagem de equipamentos e pilhas
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ERP Portugal e DECO PROteste lançam estudo sobre reciclagem de equipamentos e pilhas

A ERP Portugal - Entidade Gestora de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) e Resíduos de Baterias (RB), e a DECO PROteste realizaram um estudo para avaliar o conhecimento e comportamento dos consumidores portugueses no que respeita ao correto encaminhamento de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) e de resíduos de baterias (RB).  

O estudo indica que cerca de 50% dos inquiridos consideram-se muito bem informados sobre a forma correta de separar estes resíduos. Observou-se também que os cidadãos com mais de 40 anos apresentam maiores níveis de conhecimento, “o que reforça o impacto positivo das campanhas de comunicação e sensibilização ao longo do tempo”, salientam os promotores do documento.

“A título de exemplo, cerca de metade dos inquiridos sabe que pequenos equipamentos elétricos ou eletrónicos, podem ser depositados num centro de recolha municipal ou lojas de eletrodomésticos e 28% já tem conhecimento de que as lojas de eletrodomésticos também aceitam pilhas e baterias, demonstrando um crescente reconhecimento dos tipos de pontos de recolha existentes”, lê-se numa nota divulgada sobre o estudo.

O trabalho também revela que 49% dos inquiridos estão cientes de que os custos de gestão de resíduos estão incluídos no preço final dos produtos elétricos e eletrónicos. Sobre esse custo, 37% dos participantes afirmam que, ao saber claramente como esse custo afeta o preço, sentir-se-iam ainda mais motivados a separar os resíduos corretamente, o que aponta para uma oportunidade de comunicação mais eficaz sobre o tema.

O estudo da ERP Portugal e da DECO PROteste evidencia que a acessibilidade aos locais de recolha é um "fator fundamental para incrementar os valores de reciclagem de REEE". Embora apenas 10% dos inquiridos admitam colocar resíduos no lixo indiferenciado, a principal razão apontada para isso é a necessidade de mais informação sobre locais de recolha acessíveis. Nesta linha, 80 a 90% dos inquiridos consideram que é importante reciclar estes equipamentos e 38.5% concorda que existem pontos de recolha para o efeito perto do seu domicílio. Esta percentagem diminui à medida que os inquiridos se afastam dos centros urbanos para as áreas rurais e revela que o foco do alargamento da rede de pontos de recolha deve concentrar-se nestas áreas.

O incentivo financeiro pode ser um fator motivador para aumentar a separação de resíduos, sobretudo entre os jovens dos 18 aos 34 anos. “A grande maioria dos inquiridos (90%) revelou que se sentiria mais encorajada a separar os resíduos se recebesse em troca um valor sob a forma de dinheiro, voucher ou desconto noutros produtos, ou mesmo numa doação a outra entidade. Adicionalmente, 85% dos inquiridos consideram que a presença de contentores específicos para o efeito em locais como supermercados, lojas de eletrodomésticos ou na rua seria um excelente incentivo à separação”, acrescenta a mesma nota.

Rosa Monforte, Diretora-Geral da ERP Portugal, citada em comunicado, salienta que este estudo “fornece indicações valiosas para otimizar a gestão de resíduos elétricos e eletrónicos e de pilhas em Portugal. O nosso compromisso é continuar a desempenhar um papel fundamental na implementação de uma rede de recolha seletiva de proximidade, que já conta com mais 9400 pontos, e a promover ações de informação e sensibilização ao consumidor. Só assim podemos garantir que todos os portugueses saberão como e onde entregar os seus resíduos”.

Para Elsa Agante, responsável da área de sustentabilidade da DECO PROteste, “os resultados deste estudo são um guia para identificar as áreas onde importa reforçar a informação e o apoio aos consumidores, a DECO PROteste continuará a trabalhar em conjunto com a ERP Portugal para promover práticas de consumo mais sustentáveis e garantir que os cidadãos têm toda a informação e as ferramentas necessárias para descartar os seus resíduos elétricos e eletrónicos de forma responsável”.

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