GEOTA alerta para impactes negativos significativos de três centrais solares em Évora
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GEOTA alerta para impactes negativos significativos de três centrais solares em Évora

O Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) considerou hoje que as três centrais fotovoltaicas projetadas para o concelho de Évora implicam impactes negativos “significativos e em parte irreversíveis” num território com valor ecológico.

Estes efeitos serão "nos solos, linhas de água, paisagem, fauna e flora num território com valor ecológico", sublinha o GEOTA que adianta ter participado na consulta pública da Proposta de Definição do Âmbito (PDA) do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Central Fotovoltaica Sol de Évora, que terminou a 24 de março.

Em relação a este projeto, defendeu que o EIA deve detalhar os fatores ambientais, considerar desenhos alternativos da central e evitar o abate de árvores protegidas, ressalvando que, se houver mesmo abate, deve ser compensado por excesso no local da central ou na sua proximidade.

A organização disse ter expressado “preocupações face aos impactos cumulativos no território”, considerando os outros dois projetos anunciados anteriormente, e argumentado que o EIA “deve considerar medidas ambiciosas, vinculativas, quantificáveis e monitorizáveis para os mitigar e compensar”.

“O GEOTA concorda com a aposta em energia solar, considerando-a essencial para a segurança e sustentabilidade do sistema energético português”, referiu.

Mas, no caso do território do Divor e de Évora, o GEOTA alertou para “os impactes ambientais e sociais cumulativos da instalação de três centrais fotovoltaicas de grandes dimensões”.

E estes impactes, defendeu, “devem ser adequadamente considerados nos estudos de impacte ambiental”.

Além do projeto da Central Fotovoltaica Sol de Évora, que prevê ter uma potência instalada de 800 megawatts (MW), estão previstas a Central Solar Fotovoltaica da Graça do Divor, com uma potência instalada de 260 MW, e a Central Solar Fotovoltaica de Divor, que terá uma potência instalada de 210 MW, recordou o GEOTA, salientando que, no total, estão em causa 1,3 gigawatts (GW) de potência instalada.

Por isso, insistiu, é fundamental que o EIA da Central Fotovoltaica Sol de Évora, que é “a maior central das três propostas para o território”, esclareça qual a real compatibilidade dos três projetos para injetar eletricidade na rede, assegurando a estabilidade.

Os projetos “representam elevados investimentos, mas poucas contrapartidas para a socioeconomia local, incluindo ao nível de geração de emprego”, criticou ainda o Grupo de Estudos, entre outros fatores.

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