
Governo dá luz verde a 1,3 mil milhões de novos investimentos do Fundo Ambiental
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, autorizou 1,3 mil milhões de euros de investimentos a cargo do Fundo Ambiental, o principal instrumento de financiamento para as políticas da área do ambiente e energia, através do despacho anual publicado hoje, em Diário da República.
Estão abrangidos oito concursos concorrenciais e 116 novos projetos de investimento com base em protocolos (a que acrescem 63 projetos de compromissos transitados), divididos pelas áreas temáticas de combate às alterações climáticas, uso eficiente da água e proteção dos recursos hídricos, monitorização da qualidade do ambiente, gestão de resíduos e transição para uma economia circular, proteção e conservação da natureza e da biodiversidade, sensibilização ambiental, proteção do ambiente, proteção radiológica e gestão de riscos e danos, floresta e gestão florestal sustentável, transportes e mobilidade sustentável, eficiência energética e cooperação internacional.
A distribuição de verbas destina-se a todo o território nacional, com um leque muito diversificado de benificiários, desde pessoas individuais, pessoas coletivas, a instituições do Estado, municípios, universidades, ONG’s da área do ambiente, IPSS, empresas, entre outros.
No despacho para 2025 estão contemplados novos projetos de investimento, com foco na gestão de recursos hídricos, através da operacionalização da Estratégia Nacional 'Água que Une'. Como exemplos está o reforço das medidas de eficiência no abastecimento público em baixa destinados à redução de perdas dos sistemas em baixa, a reabilitação de barragens, a utilização de águas residuais tratadas e ações de reabilitação e restauro de rios e ribeiras, entre outros.
“O despacho do Fundo Ambiental espelha bem as prioridades do Governo: na gestão dos recursos hídricos, na descarbonização dos transportes, no combate à pobreza energética e na proteção da biodiversidade. É um instrumento que desempenha um papel fundamental no financiamento de projetos que promovem a transição para uma economia verde e resiliente”, refere Maria da Graça Carvalho, citada em comunicado.
Uma das novidades para 2025 é o reforço do apoio às áreas marinhas protegidas, que inclui os mecanismos de compensação de perda de rendimento dos pescadores das regiões autónomas, assim como uma aposta na área da biodiversidade, com programas destinados à proteção do lince-ibérico e do lobo-ibérico, acrescenta a tutela.
Recorde-se que o Fundo Ambiental é desde 1 de janeiro responsabilidade da Agência para o Clima, criada pelo Governo para definir as políticas climáticas nacionais, agilizar e simplificar processos de financiamento e gerir com mais eficiência as verbas dedicadas à área do ambiente e sustentabilidade.