Há um sistema piloto que vai recuperar metais na mina da Panasqueira
Um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) instalou um sistema piloto na mina de tungsténio da Panasqueira (Covilhã) para recuperação de metais críticos a partir de resíduos da atividade mineira, usando metodologias com base em microrganismos.
A instalação é um dos resultados do projeto ‘REVIVING - Revisiting mine tailings to innovate metals recovery', focado na valorização dos rejeitados mineiros como recursos, no fornecimento de metais que hoje são extraídos através de outros processos, na promoção da reciclagem, na minimização da produção de resíduos perigosos e contribuindo para a adoção de uma economia circular na Europa.
“Neste sistema piloto estamos a implementar as estratégias desenvolvidas em laboratório, com o objetivo de comparar e perceber, em termos de quantificação, qual a técnica mais funcional para a recuperação dos resíduos”, explica Paula Morais, docente do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e investigadora do Centro de Engenharia Mecânica Materiais e Processos (CEMMPRE), citada em comunicado.
Também Rita Branco, docente do DCV e investigadora do CEMMPRE, considera “que os resíduos da mina da Panasqueira têm um valor económico que pode ser relevante, principalmente, numa época em que a Europa pretende voltar a ser autossuficiente em termos de metais. Além disso, está em linha com o ‘Raw Material Act’, da Comissão Europeia, que pretende garantir o acesso a um fornecimento seguro e sustentável de matérias-primas provenientes de fontes europeias”.