
Indústria eólica europeia apela aos governos que reforcem a segurança energética
Entre hoje e 10 de abril, a indústria europeia eólica está reunida em Copenhaga, na Dinamarca, para debater o futuro do setor. O evento anual da associação europeia de WindEurope, intitulado ‘WindEurope Copenhagen - Apelo à Ação de Copenhaga’, sobre a energia eólica pretende alertar os governos europeus para a necessidade de reforçar a segurança energética e a competitividade.
Salientando que atualmente o desenvolvimento da energia eólica é “demasiado lento”, a WindEurope lembra que “num contexto de insegurança económica sem precedentes, o novo acordo industrial limpo da UE coloca a eletrificação e o desenvolvimento acelerado das energias renováveis no centro da estratégia industrial da Europa”.
Além disso, referem, a energia eólica representa 20% da eletricidade que a Europa consome atualmente. A UE pretende que esta percentagem seja de 35% até 2030 e de mais de metade até 2050. “A cadeia europeia de aprovisionamento de energia eólica está a crescer para responder ao aumento do volume de energia eólica de que a Europa necessita. Atualmente, está a investir mais de 11 mil milhões de euros em novas fábricas para cumprir os objetivos do Pacto Industrial Limpo. Mas a Europa não está a construir energia eólica suficiente para apoiar os seus objetivos de competitividade e segurança energética”, adianta a associação europeia. As principais razões são a falta de licenças, a lenta construção da rede, a má conceção dos leilões e a eletrificação insuficiente.
Assim, a indústria eólica europeia apela aos governos para que tomem medidas simples para reforçar a segurança energética e a competitividade da Europa, a par da aplicação integral e imediata do Pacto Industrial Limpo da UE. Entre essas medidas, estão: a aplicação das novas regras de licenciamento da UE; eliminar os obstáculos à eletrificação; e reduzir o risco dos investimentos eólicos com uma reserva estável de leilões bilaterais de contratos por diferença.
Henrik Andersen, presidente da WindEurope, citado em comunicado, diz que “a Europa está a atravessar um momento de transição. Para garantir a influência europeia na economia global, precisamos de energia mais segura, acessível e sustentável. A WindEurope Copenhagen será uma oportunidade crucial para que os governos e a indústria europeus cheguem a acordo sobre a forma de o conseguirmos, em conjunto”.