
Mais de 100 organizações civis alertam para danos ambientais da IA
Uma centena de organizações da sociedade civil, incluindo a ZERO, pedem aos líderes mundiais e da indústria, que reconheçam urgentemente os verdadeiros danos ambientais da Inteligência Artificial (IA) na Cimeira de Ação sobre Inteligência Artificial que começou esta segunda-feira, 10 de fevereiro, em Paris.
As organizações já entregaram a carta aos organizadores da cimeira `AI Action Summit`, que decorre até terça-feira em Paris, apresentando quinze exigências e sugerindo caminhos práticos e o mínimo necessário para mitigar os danos contínuos da IA nas economias, sociedades e planeta partilhado, explica a associação Zero em comunicado divulgado dias antes do início do encontro.
Na missiva apelam aos decisores para que dediquem todos os meios necessários para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis em toda a cadeia de abastecimento da IA, e alertam para a urgência de pensar nos danos ambientais da IA e agir agora.
Na carta defendem que é crucial ter participação pública nas decisões sobre para que é utilizada a computação e em que condições, destacando que o ativismo climático e ambiental não deve ser criminalizado.
Também lembram que a transparência deve ser significativa e que a informação publicamente acessível sobre as implicações sociais e ambientais da infraestrutura de IA proposta deve ser fornecida ao público antes de esta ser construída ou dimensionada.
"Os signatários reforçam a necessidade de rejeitar soluções falsas e enganosas e, em vez disso, oferecer caminhos práticos para alinhar a IA dentro dos limites planetários", lê-se no comunicado.