Municípios da Região de Coimbra avançam com ação judicial contra a ERSUC por distribuição de dividendos
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Municípios da Região de Coimbra avançam com ação judicial contra a ERSUC por distribuição de dividendos

Os municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra que integram a ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro deliberaram, por unanimidade, avançar com uma ação judicial contra a empresa, contestando a distribuição de dividendos e reservas livres.

Segundo um comunicado da CIM da Região de Coimbra, a ação surge na sequência da distribuição de cerca de dois milhões de euros aos acionistas da ERSUC, numa altura em que a empresa se encontra fortemente endividada e a suportar custos financeiros muito elevados.

"De recordar que esta decisão de distribuir dividendos foi igualmente tomada num contexto de um aumento expressivo de 160% nas tarifas de tratamento de resíduos, entre 2021 e 2024, que tem penalizado os municípios e os cidadãos da Região de Coimbra", contextualiza a Comunidade Intermunicipal. 

Com o objetivo de garantir a proteção dos interesses dos cidadãos e aumentar a eficiência do sistema de gestão de resíduos, os municípios da CIM Região de Coimbra que utilizam o Sistema de Gestão de Resíduos da ERSUC "vão continuar a trabalhar em prol de respostas aos diversos desafios enfrentados neste setor, produzindo ações e medidas concretas e salvaguardando, sempre, o interesse das populações", referiu a entidade em comunicado.

Lembre-se que já no final de  março, os municípios da Região de Coimbra ameaçaram deixar de pagar resíduos à ERSUC, depois do acionista maioritário, detido pela Mota-Engil, ter aprovado a distribuição de dois milhões de euros de dividendos numa empresa, caracterizada pela CIM da Região de Coimbra, como “fortemente endividada”.

A ERSUC abrange uma área com cerca de um milhão de habitantes e trata mais de 300 mil toneladas de resíduos por ano. O sistema inclui municípios dos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria, que detêm participações minoritárias na empresa. A ERSUC é controlada pela EGF, que, por sua vez, é detida pela SUMA Tratamento, cuja maioria do capital é da SUMA, do grupo Mota-Engil. 

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