
ONGA ameaçam travar avanço da Barragem do Pisão com providência cautelar
A Coligação C7, que reúne várias organizações não-governamentais de ambiente (ONGA), anunciou esta sexta-feira que irá apresentar uma providência cautelar caso arranquem as obras da Barragem do Pisão, no Crato, distrito de Portalegre. A medida visa evitar "prejuízos graves dificilmente reparáveis", alertou Hélder Careto, do GEOTA, uma das entidades da coligação, em declarações à Lusa.
O aviso surge no mesmo dia em que estão previstos a assinatura dos contratos de financiamento e de concessão da obra, bem como o auto de consignação da barragem, numa cerimónia nos Paços do Concelho do Crato. Segundo a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), responsável pelo projeto, estes atos formais marcam o arranque do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM) do Crato.
O investimento na barragem ultrapassa os 222 milhões de euros e deverá estar concluído até 2027, após transição do financiamento do PRR para o Orçamento do Estado.