
Operações integradas para gerir paisagem contra incêndios com 165 milhões do PRR
O secretário de Estado das Florestas adiantou, esta quinta-feira, que as Operações Integradas de Gestão da Paisagem (OIGP) vão garantir "mais resiliência" e "valorização" do território, em termos florestais e de ordenamento, num investimento inicial de 165 milhões de euros.
Rui Ladeira abordou o tema antes da assinatura dos contratos de 50 OIGP, na Câmara Municipal de Vila de Rei, que contou com a presença dos ministros da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
Citado pela Lusa, Rui Ladeira, referiu que “estes territórios, que são mais de 100 mil hectares que estão nestas propostas de 50 OIGP, a somar às 12 do anterior Governo, garante que, no próximo ano e meio, temos a possibilidade de as entidades gestoras fazerem uma intervenção tecnicamente validada por várias entidades e tecnicamente apropriada para garantir mais resiliência, mais valorização desse território no contexto florestal, mas também do ordenamento do território".
As empreitadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terão de ser executadas "até meados de 2026", mas o atual executivo decidiu assegurar, com "recursos nacionais", a continuidade dos processos "porque não é só transformar a paisagem, é preciso dar-lhe continuidade", é "preciso limpar" e "criar condições" para "os designados serviços de ecossistema", assegurando o seu financiamento em 20 anos, através de 331 milhões de euros do Fundo Ambiental.
"Portanto, é um esforço muito significativo, mas é um posicionamento e demonstra bem a vontade e a determinação deste Governo em transformar a paisagem, garantir proteção contra incêndios e, sobretudo, preparar estes territórios para o futuro", frisou Ladeira, acrescentando que, no total das 62 OIGP, a intervenção abrange 127.618 hectares, com um investimento inicial superior a 165 milhões de euros.
Recorde-se que, no âmbito do Programa de Transformação da Paisagem, as OIGP visam a gestão e exploração comum dos territórios agroflorestais em zonas de minifúndio, com base na identificação das "vulnerabilidades estruturais e fatores críticos de perigosidade de incêndio".