Plataforma 'Ondedoar', do Electrão, consegue 1500 doações em oito meses
A plataforma digital www.ondedoar.pt, lançada e gerida pelo Electrão, recebe diariamente, em média, 7 produtos doados, tendo conseguido 1500 produtos doados em oito meses de funcionamento.
Esta plataforma "promove a economia circular e a prevenção da produção de resíduos e tem associada uma forte componente social", destaca o Electrão em comunicado.
As empresas registadas anunciam os bens que têm para doar, através da plataforma, e as instituições, por sua vez, identificam quais os produtos que necessitam para a sua atividade. O processo de doação é criado a partir do cruzamento dessa informação. Tudo acontece "através do cruzamento dos excedentes de stock de várias empresas com as necessidades de instituições que desenvolvem atividade nas áreas social, ambiental e educacional", é esclarecido.
O projeto iniciou a fase de testes em maio e foi lançado oficialmente em outubro. Em 2023, ao longo de cerca de oito meses de funcionamento foram doados desde frigoríficos a material elétrico, como disjuntores e interruptores, mas também peças de mobiliário, como camas e estantes. Os produtos são maioritariamente novos, mas também há equipamentos usados em boas condições. No âmbito do projeto, podem ainda ser doadas pilhas, baterias e têxteis.
Entre as instituições beneficiárias estão, por exemplo, a Refood, organização eco humanitária de combate ao desperdício alimentar; a Ami e a Fundação do Gil. A Aldeia de Crianças SOS e a Cruz Vermelha também integram a lista de 52 instituições inscritas que podem solicitar os donativos. A plataforma conta, atualmente, com 20 empresas inscritas como doadoras de equipamentos, incluindo a Whirlpool, o IKEA, a Schneider Electric, a Leroy Merlin e a Rádio Popular, entre outras.
"Trata-se de um processo de doação segura. As várias fases são acompanhadas pelo Electrão, de forma a garantir que os equipamentos doados têm o fim a que se destinam e não integram circuitos comerciais paralelos. Para as empresas com produtos nunca utilizados, mas que por alguma razão não podem ser vendidos, esta é também uma oportunidade de obter benefícios fiscais e antecipar novas diretrizes europeias, que irão proibir a destruição de produtos duráveis não vendidos, tal como previsto no Regulamento para a Conceção Ecológica de Produtos Sustentáveis", lembra a entidade gestora.