
População europeia continua exposta a níveis de poluição atmosférica perigosos, diz AEA
A grande maioria da população urbana da União Europeia (UE) continua exposta a níveis de poluição atmosférica perigosos, apesar da qualidade do ar ter vindo a melhor em toda a Europa, indica um relatório sobre o estado da qualidade do ar da Agência Europeia do Ambiente (AEA), relativo a 2023 e 2024.
No relatório hoje publicado, a AEA refere que a poluição atmosférica tem vindo a diminuir de forma constante em toda a Europa nas últimas décadas, mas continua a ser o maior risco para a saúde ambiental da região, causando doenças, diminuindo a qualidade de vida e provocando mortes evitáveis.
O documento recorda que a UE estabeleceu normas de qualidade do ar para reduzir os riscos decorrentes da poluição atmosférica e este relatório apresenta uma análise das últimas concentrações oficiais comunicadas em 2023 e 2024 na Europa, comparando-as com os valores-limite atuais e futuros (2030) da UE e com os níveis de referência mais rigorosos da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a AEA, “94% da população urbana do bloco europeu ainda permanece exposta a concentrações de PM2,5 acima dos valores recomendados pela OMS", embora desde 2011 todos os países tenham reduzido a exposição dos que vivem nas cidades aquele poluente, o "mais prejudicial do ponto de vista da saúde".
A AEA defende, por isso, ser urgente fazer mais, especialmente nas cidades, para cumprir os padrões da UE, de forma a reduzir" os impactos na saúde e "a aproximar os níveis de qualidade do ar dos valores de referência da OMS nos próximos anos".