Portugal tem projetos de transição ecológica do PRR mal avaliados

Portugal tem projetos de transição ecológica do PRR mal avaliados

Em Portugal, há projetos no pilar da transição ecológica desenvolvidos no âmbito do Programa e Recuperação de Resiliência (PRR) que foram mal avaliados. A informação é detalhada num relatório divulgado, esta semana, pelo Tribunal de Contas Europeu (TCE), citado pela Agência Lusa.

‘No relatório intitulado ‘Transição ecológica - Contributo pouco claro do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR)’, o TCE audita seis projetos em Portugal e também noutros três Estados-membros - Croácia, Eslováquia e Grécia   tendo selecionado, no país, as áreas do hidrogénio renovável, eficiência energética de edifícios residenciais, ampliação da rede de metropolitano de Lisboa, descarbonização da indústria, programa florestal e bioeconomia sustentável, previstos no PRR.

Os auditores alertam ainda que, em Portugal, houve projetos de renovação energética de edifícios que foram inicialmente subavaliados e acabaram por custar dez vezes mais do que o previsto.

Também em Portugal e nos outros três Estados-membros avaliados houve coeficientes climáticos incorretamente atribuídos e que levaram a um financiamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência acima do que o TCE considera adequado.

Outro problema com a transição climática no PRR português são os prazos dos projetos de produção de hidrogénio, notando a auditoria que em julho de 2023 apenas um dos 23 aprovados tinha recebido um adiantamento para iniciar os trabalhos.

Todos os Estados-membros cumpriram, na fase de planeamento, a meta de canalizar pelo menos 37% do PRR destinado para a ação climática, com Portugal a chegar aos 40%, abaixo da média de 42,5% da UE.

O TCE conclui que a Comissão deve assegurar uma avaliação mais pormenorizada e precisa das despesas, destacando ainda que os coeficientes climáticos do regulamento MRR não refletem o contributo esperado para as metas climáticas da UE.

O MRR é o pacote de financiamento especial, no valor de 700 mil milhões de euros, disponibilizado pela UE, na sequência da pandemia de Covid-19 e consiste numa combinação de empréstimos e subvenções.

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