proTEJO dá parecer negativo na consulta pública sobre construção de bombagem reversível na barragem de Alcântara
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proTEJO dá parecer negativo na consulta pública sobre construção de bombagem reversível na barragem de Alcântara

O Movimento proTEJO apresentou esta terça-feira um parecer de "discordância” na consulta pública sobre o projeto de construção de bombagem reversível na barragem espanhola de Alcântara, no rio Tejo, foi anunciado pela entidade.

Este parecer deve-se ao facto de ainda não ter ocorrido a implementação de caudais ecológicos na barragem de Cedillo no rio Tejo, como anunciou o proTEJO.

Além disso, o Movimento proTEJO destaca ainda o facto de não terem sido apresentados os impactos ambientais sobre o regime de caudais do rio Tejo, "sendo referido, irrealisticamente, que não existirão impactos ambientais decorrentes da alteração da gestão hídrica inerente à exploração da bombagem reversível na barragem de Alcântara, desconsiderando o histórico de danos já causados pela atual gestão hídrica que decorrem da manutenção de um regime de caudais mínimos, ou seja, da ausência de um regime de caudais ecológicos na barragem de Cedilllo na fronteira de Portugal e Espanha que constam da nossa denúncia à Comissão Europeia devido ao “Incumprimento da Diretiva Quadro da Água pela não implementação de um regime de caudais ecológicos por Espanha e Portugal”.

 Depois, para além do regime de caudais do rio Tejo, nada é referido quanto aos impactos ecológicos negativos sobre a qualidade das massas de água do rio Tejo a jusante, alega ainda o movimento., não tendo sido também "estudados todos os impactos ecológicos, sobre a flora e a fauna, económicos, sociais e culturais, nos territórios a jusante", escreveu o proTEJO na sua página oficial. 

"A concretização destes projetos agravará significativamente a disponibilidade e variabilidade de caudais no rio Tejo em consequência da restrição da água que flui para o rio Tejo em Portugal a partir de Espanha, não sendo de esperar mais do que o volume limite de caudal mínimo de 2700 hm3", é ainda justificado.

Tendo em conta o apontado, movimento proTEJO vem requerer que seja manifestada oposição aos dois projetos hidroelétricos de bombagem reversível nas barragens de Alcântara e Valdecañas junto do Governo de Espanha enquanto não for assegurada a implementação do regime de caudais ecológicos, conforme exige o cumprimento dos objetivos da Diretiva Quadro da Água e que sejam definidos científicamente os caudais ecológicos a integrar nos Planos de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo – 2022/2027 por Portugal e Espanha nos pontos de controlo que atualmente estão presentes na Convenção de Albufeira, em Cedillo e Ponte de Muge.

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