Reciclagem de vidro em Portugal “ainda continua com níveis que preocupam o setor”, diz Novo Verde
ambiente

Reciclagem de vidro em Portugal “ainda continua com níveis que preocupam o setor”, diz Novo Verde

A Novo Verde, Entidade Gestora de Resíduos de Embalagens, está preocupada com os níveis de reciclagem de vidro em Portugal. Em comunicado, a Novo Verde, citando dados oficiais do SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), indicam um aumento global de 4% comparativamente ao período homólogo de 2024.

“No primeiro trimestre de 2025, Portugal registou um volume de recolha seletiva superior a 116 mil toneladas de resíduos de embalagens de Vidro, Plástico, Papel e Cartão, Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos, Aço, Alumínio e Madeira”, refere a nota.

Apesar dos esforços contínuos, vinca a Novo Verde, “a reciclagem de vidro em Portugal ainda continua com níveis que preocupam o setor, com um aumento de apenas 0,2% no volume recolhido, no primeiro trimestre do ano, totalizando 48 665 toneladas. Este ritmo estagnado coloca em risco o cumprimento das ambiciosas metas de reciclagem de 70% estabelecidas para 2025, para este material”.

Em 2024, o SIGRE encaminhou para reciclagem cerca de 50% das embalagens de vidro colocadas no mercado, um desvio de 10% em relação à meta nacional de 60%. Para reverter este cenário e alcançar os objetivos propostos, “é imperativo um esforço conjunto e coordenado de todos os agentes da cadeia, desde fabricantes e produtores, sistemas de gestão de resíduos urbanos, empresas, consumidores e entidades gestoras, a fim de impulsionar a separação e recolha de vidro em todo o país”, insiste a Novo Verde.

É neste contexto que a Novo Verde e a LIPOR uniram esforços para desenvolver um modelo como prova de conceito, na região norte do país. O projeto ‘Vidro +’, uma iniciativa desenvolvida com a metodologia do Instituto Kaizen, visa aumentar a quantidade e a qualidade do vidro recolhido seletivamente, tanto nos sistemas porta-a-porta como nos ecopontos, sublinha a Novo Verde.​

Citado em comunicado, Pedro Simões, Diretor Geral da Novo Verderefere que “se os produtos chegam ao mercado e o vidro não é devidamente contabilizado na recolha seletiva, este está a ser desperdiçado - e com ele, a oportunidade de alimentar a economia circular".

"É urgente inverter esta situação e garantir que o vidro seja canalizado para a recolha seletiva, transformando-o em matéria-prima valiosa. Os números atuais de recolha de vidro estão muito aquém das metas estabelecidas e, se não agirmos agora, corremos o risco de comprometer os objetivos para 2030. É imperativo que todos - indústria, consumidores e entidades públicas e privadas - intensifiquem os esforços na prevenção, sensibilização e educação ambiental”, remata.

Topo
Este site utiliza cookies da Google para disponibilizar os respetivos serviços e para analisar o tráfego. O seu endereço IP e agente do utilizador são partilhados com a Google, bem como o desempenho e a métrica de segurança, para assegurar a qualidade do serviço, gerar as estatísticas de utilização e detetar e resolver abusos de endereço.