
Revisão em baixa do leilão de eólicas offshore visa evitar impacto na tarifa dos consumidores
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, reforçou esta quarta-feira que uma possível revisão em baixa da capacidade do próximo leilão de eólicas offshore tem como objetivo evitar que o impacto se reflita na tarifa dos consumidores.
“Estamos a estudar o valor ideal. O valor ideal é o valor que nos permite continuar a acompanhar toda a evolução tecnológica, que nos permita começar a criar uma cadeia de valor industrial, mas que não seja demasiado volumoso em termos de investimento para evitar ir à tarifa. A tarifa somos todos nós a pagar todos os meses, todos nós consumidores”, disse Maria da Graça Carvalho.
A ministra do Ambiente e da Energia, que falava à agência Lusa à margem da Cimeira Europeia Concordia, no Porto, apontou uma decisão para meados de julho, altura em que lhe será entregue um relatório final.
“Estou à espera dos cálculos que os peritos […] estão a fazer. Penso que podemos ir um pouco abaixo dos 2 GW, mas vamos ver. Se me disserem que são os 2 GW e que abaixo disso não tem efeito, reconsideraremos […]. Vamos aguardar”, referiu.
Na segunda-feira, em declarações aos jornalistas à margem da Cimeira de Energia de Lisboa, Maria da Graça Carvalho admitiu que a capacidade será revista “em baixo” face ao perspetivado pelo anterior executivo.
“Estavam inicialmente previstos os 10 gigawatts (GW)”, depois passaram para 2 GW. Estamos a tentar baixar para que o valor não tenha tanta reflexão nos custos no consumidor”, disse.
Maria da Graça Carvalho explicou que o executivo está “a estudar com a REN e a ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] o cenário e o valor, a quantidade”.