Setor do solar térmico apela à UE que priorize as fontes de calor descarbonizadas

Na sequência da publicação do relatório sobre o ‘Estado da União da Energia 2024’, pela Comissão Europeia, a Solar Heat Europe, associação europeia que representa o solar térmico, emitiu um comunicado onde apela a que seja dada mais prioridade à agenda da descarbonização do calor e a um maior apoio às tecnologias limpas produzidas na UE, como o calor solar.

A Solar Heat Europe congratula-se com as várias componentes do pacote ‘Fit for 55’, em especial a Diretiva Desempenho Energético dos Edifícios, que incentiva a implantação de todas as tecnologias solares e considera que “a implementação bem sucedida deste pacote é agora fundamental a nível nacional”.

No entanto, a Solar Heat Europe alerta para a “preocupante e contínua falta de atenção dada ao aquecimento e arrefecimento (H&C) em geral e à sua tecnologia, o calor solar, em particular. Com o H&C a representar metade do consumo de energia da UE, os decisores políticos europeus não podem continuar a ignorar o papel e a importância das tecnologias de aquecimento e arrefecimento renováveis, como o solar térmico. Esta utilização maciça de energia é um pilar sine qua non para alcançar, com sucesso, os objetivos da União da Energia”, alerta a Solar Heat Europe.

A associação europeia realça que o relatório salienta que os progressos na utilização de energias renováveis no aquecimento e arrefecimento foram “modestos” em comparação com o setor da eletricidade, passando de 18,6% em 2012 para 24,9% em 2022. No entanto, garante, que “não foram tomadas medidas específicas para acelerar a descarbonização do setor do aquecimento e o vasto potencial das fontes de aquecimento renováveis, como a energia solar térmica, produzida na Europa, continua por explorar”.