Taxa de preparação para reutilização e reciclagem sobe para 36,4% nos Açores

Taxa de preparação para reutilização e reciclagem sobe para 36,4% nos Açores

Os Açores alcançaram uma taxa de preparação para reutilização e reciclagem de 36,4% em 2023, tendo o secretário regional do Ambiente, Alonso Miguel, expressado a sua confiança na capacidade da região em atingir a meta europeia de 55% em 2025 e destacado a necessidade de colaboração de todas as entidades envolvidas e da responsabilidade dos cidadãos.

O relatório sobre resíduos urbanos apresentado em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, mostrou um aumento significativo de 9% na taxa de reciclagem entre 2022 e 2023. Alonso Miguel enfatizou o crescimento da reciclagem nos últimos três anos, com um aumento de 17%, e apontou que sete das nove ilhas dos Açores já apresentam taxas de reciclagem acima dos 60%, lideradas pela ilha Graciosa com 79,3%.

No entanto, as ilhas com mais população, São Miguel e Terceira, ainda enfrentam desafios para alcançar a meta de 2025. São Miguel viu um aumento modesto na reciclagem, enquanto a Terceira praticamente estagnou. O secretário regional destacou que a entrada em operação dos centros de tratamento mecânico e biológico em São Miguel e a procura por soluções para melhorar a reciclagem na Terceira são essenciais para impulsionar a taxa regional.

Além disso, o relatório de 2023 revelou uma quebra na produção de resíduos nos Açores, com um total de 149 427 toneladas, uma redução de 0,2% em relação a 2022. A produção per capita também diminuiu, embora ainda esteja acima da média nacional. A região valorizou mais da metade dos resíduos produzidos, com uma redução na taxa de deposição em aterro e um aumento na retoma de embalagens, refletindo um compromisso contínuo com a sustentabilidade ambiental.

Governo Regional dos Açores apresenta Plano de Gestão de Secas e de Escassez de Água

O Governo Regional dos Açores apresentou, também esta sexta-feira, um Plano de Gestão de Secas e de Escassez de Água, com mais de 20 medidas, para enfrentar os desafios das alterações climáticas. O plano, que será discutido em reunião extraordinária do Conselho Regional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CRADS), visa caracterizar os sistemas de abastecimento de água na região, identificar áreas vulneráveis e priorizar o uso eficiente dos recursos hídricos.

O secretário regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, destacou a necessidade de preparação para os fenómenos relacionados com a seca e a escassez de água, que podem agravar-se devido às alterações climáticas.

O plano inclui um diagnóstico, a identificação de situações de vulnerabilidade e a definição de princípios orientadores para comportamentos e metodologias de resposta, além de medidas de intervenção direta para adaptar a região aos efeitos das alterações climáticas.

As ilhas da Graciosa e do Pico são apontadas como as mais vulneráveis, mas o Governo alerta que o risco de escassez de água pode espalhar-se para outras ilhas com o agravamento das alterações climáticas. O plano contempla medidas de contingência, adaptação e preparação/prevenção, com ênfase nos setores de maior consumo de água, como o turismo. As medidas mais drásticas podem vir a incluir o controlo da pressão de água nas adutoras ou a suspensão do abastecimento em determinados períodos, mas o foco inicial é na otimização do uso da água e na adaptação dos setores relevantes.

Além do plano de gestão de secas, o CRADS também discutirá o Relatório do Estado do Ambiente nos Açores referente ao triénio 2020-2022, que avalia diversos domínios ambientais. Alonso Miguel ressaltou a evolução positiva na maioria dessas áreas e destacou os investimentos na área do ambiente, incluindo projetos de reestruturação de centros de processamento de resíduos, roteiros para a economia circular e neutralidade carbónica, e projetos Life, totalizando quase 17 milhões de euros de investimento.

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