TRATOLIXO vai ter nova Central de Compostagem com capacidade para tratar 50 mil toneladas de resíduos verdes por ano

A TRATOLIXO, empresa intermunicipal certificada para o tratamento de resíduos urbanos, inaugura esta quinta-feira uma nova Central de Compostagem no Ecoparque de Trajouce, em Cascais, com uma capacidade anual para tratar 50 mil toneladas de biorresíduos provenientes de recolha seletiva. Esta permitirá o reforço da sua capacidade anual de tratamento de resíduos verdes e a produção de composto orgânico de elevada qualidade.

Com um investimento de mais de 5,2 M€, esta nova unidade representa um aumento de 88% da capacidade de tratamento da totalidade dos resíduos verdes produzidos e recolhidos na área de intervenção da TRATOLIXO (nos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra).

“A Central de Compostagem irá ainda produzir composto orgânico de elevada qualidade, contribuindo para as exigentes metas relativas à preparação para reutilização e reciclagem, incrementando o desvio de Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB) de aterro e reduzir as emissões de GEE, indo ao encontro das políticas de mitigação das alterações climáticas e de promoção da transição para uma economia competitiva e de baixo carbono previstas no PNAC 2020/2030”, informa a TRATOLIXO em comunicado.

A construção da unidade, através da requalificação dos antigos parques de compostagem da Central Industrial de Tratamento de Resíduos Urbanos de Trajouce, comporta benefícios económicos e ambientais, pelo menor uso de recursos naturais de uma requalificação, face à demolição e construção de um novo edifício.

No âmbito desta requalificação, a TRATOLIXO, instalou ainda uma unidade de autoconsumo, baseada em painéis solares fotovoltaicos “e, uma vez que este processo de tratamento requer um quantitativo substancial de água para manutenção do teor ideal de humidade para o processo de compostagem, ir-se-á recuperar as águas pluviais para a rega das pilhas, recorrendo a caleiras instaladas nas coberturas que serão encaminhadas para um depósito que alimentará o processo”, esclarece ainda a nota de imprensa.

Funcionamento da central de compostagem: etapas pelas quais os resíduos verdes passam até à saída do composto:

O processo de compostagem dos resíduos verdes iniciar-se-á com a redução granolumétrica destes resíduos. Estes resíduos são constituídos por uma fração lenhosa, de grande dimensão, e por relva cortada e outra vegetação rasteira. Atendendo a que apresentam uma grande dimensão relativamente ao que se pretende para o processo, todo o material rececionado deverá sofrer uma trituração prévia, que será realizada por um destroçador que é alimentado por uma giratória.

O material destroçado, cerca de 50.000 toneladas por ano, será encaminhado para a Central de Compostagem de Resíduos Verdes onde serão formadas pilhas de compostagem com 120 metros de comprimento. O tempo necessário para transformar em composto uma biomassa sujeita a uma bioestabilização aeróbia depende de muitos factores, como sejam a temperatura, a humidade, o tipo de arejamento e a dimensão da pilha. O processo ocorre mais rapidamente quando são estabelecidas e mantidas as condições benéficas ao bom desenvolvimento dos microrganismos responsáveis pela degradação da matéria orgânica, pelo que, para garantir a eficácia do processo será utilizado o sistema windrow, caracterizado pelo revolvimento mecânico das pilhas, efectuado por uma máquina de revolvimento, com sistema de rega por aspersão acoplado. Atendendo a que o processo decorrerá num edifício coberto, será mais fácil a manutenção das condições ideais de compostagem do que se a operação decorresse no exterior, visto estar dependente das condições climatéricas, estimando-se ser necessárias 8 a 10 semanas até o processo de compostagem estar concluído.

O material compostado será sujeito a uma afinação sendo expedido a granel ou ensacado, para maior valorização comercial do composto produzido, recorrendo a uma unidade de ensacamento.