
Universidade da Beira Interior quer melhorar reciclagem com recurso à inteligência artificial
A Universidade da Beira Interior (UBI) está envolvida num projeto europeu com o objetivo de, com recurso à inteligência artificial, classificar embalagens e melhorar os processos de reciclagem de resíduos, noticiou a agência Lusa.
Segundo a instituição, o projeto GRESINT está centrado na sustentabilidade e pretende melhorar a classificação de embalagens através de tecnologias inteligentes, que serão testadas em três testes-piloto na espanhola Sociedade Galega do Medio Ambiente (Sogama) e na Associação de Municípios para a Gestão Sustentável de Resíduos do Grande Porto (Lipor).
A investigação visa “contribuir para alcançar os objetivos europeus de reciclagem, ao introduzir materiais recuperados de alta qualidade no ciclo produtivo que substituirão os produtos virgens”, informou a universidade localizada na Covilhã, no distrito de Castelo Branco, em comunicado enviado à agência Lusa.
À UBI cabe, no âmbito do projeto, criar um catálogo que servirá como ponto de partida para o desenvolvimento da plataforma conjunta e que abrange áreas “como engenharia de requisitos, inteligência artificial, plataforma de dados e arquitetura em nuvem”, além de acompanhar os testes-piloto, refere a mesma nota.
O projeto GRESINT, no conjunto, prevê a criação de uma agenda de digitalização do processo de gestão de resíduos, um catálogo de tecnologias inteligentes existentes no mercado que possam ser relevantes para a melhoria dos processos industriais e um roteiro para a implementação das tecnologias-chave identificadas.
A Lipor é responsável por trabalhar uma ferramenta para a digitalização da gestão de resíduos.
O projeto é liderado pela Sogama, que tem como parceiro o Centro de Investigação em Tecnologias da Informação e Comunicação da Universidade da Corunha, em Espanha.
O GRESINT decorre até 2026 e tem um financiamento de 800 mil euros, através do programa de coesão económica, social e territorial na União Europeia Interreg.