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ambiente
Qualidade das águas balneares acima dos 95 por cento
Entre os Estados-membros da União Europeia, em 2009, a maioria das zonas balneares costeiras cumpriu as normas mínimas relativas à qualidade da água. Já no que respeita às estâncias balneares situadas junto de rios e lagos, a taxa de cumprimento foi de 90 por cento, adianta o relatório da Comissão Europeia e da Agência Europeia do Ambiente, divulgado em Junho deste ano.
Segundo o Comissário Europeu para o Ambiente, Janez Potočnik, «nos últimos trinta anos, as legislações nacionais e da UE melhoraram significativamente a qualidade das águas balneares da Europa, mas o nosso trabalho não termina aqui. Apesar do nosso historial de uma década de elevada qualidade, precisamos de continuar a envidar esforços constantes, tanto para melhorar como para manter os êxitos conseguidos».
E os números falam por si: a observância dos valores obrigatórios nas zonas costeiras aumentou de 80 por cento em 1990 para 96 por cento em 2009. Para as águas interiores, o aumento foi de 52 por cento para 90 por cento.
Em Portugal, no ano passado, apenas 0,9 por cento das zonas balneares costeiras não cumpriram os critérios, o equivalente a quatro locais. Já a nível de interdições, a Agência Europeia do Ambiente apenas encontrou duas situações de infracção durante a época balnear de 2009. No que toca ao leito dos rios ou lagoas, a taxa de incumprimento foi superior: três locais não cumpriram os critérios e sete foram encerrados temporariamente.
A qualidade da água é precisamente um dos critérios do programa da Associação Bandeira Azul da Europa para a atribuição dos galardões. E
este ano, em Portugal, oito praias deixaram de poder hastear a bandeira por não cumprirem os critérios de natureza ambiental. Apesar de 241 praias terem sido galardoadas, até 6 de Julho apenas 225 foram hasteadas. Para além das que perderam o galardão, há ainda que contar por sete por hastear e uma arreada temporariamente.
Bandeira Azul quer incluir qualidade de areia como critério
No sentido de promover uma melhor qualidade das zonas balneares, a ABAE juntou-se ao Instituto Ricardo Jorge, para avaliar a qualidade
microbiológica da areia, uma das preocupações da Organização Mundial de Saúde relativamente a possíveis focos de infecção. Uma das recomendações do relatório de monitorização de 2008 é a inclusão deste parâmetro nos critérios de atribuição da Bandeira Azul.
Questionada pelo AmbienteOnline, Fátima Vieira sublinha que Portugal tem realizado trabalho neste âmbito com diversos países que pertencem ao programa Bandeira Azul, no sentido de testar a metodologia. «É nossa intenção que este critério venha a ser integrado, aguardamos apenas a coordenação internacional. Esperamos que aconteça brevemente», adianta a coordenadora da ABAE.