
Governo melhora gestão da água na Zona Industrial de Sines
O Governo decidiu atribuir à empresa pública Águas de Santo André (AdSA), do Grupo Águas de Portugal, em modelo de operador único, a gestão integrada das várias origens no fornecimento de água, urbano e industrial, na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).
A AdSA, que já era a concessionária do sistema de abastecimento, de saneamento e do processamento dos resíduos industriais na ZILS, passará a gerir também as origens de água não convencionais.
Este modelo de operador único, determinado num despacho conjunto do Ministério do Ambiente e Energia, do Ministério da Economia e do Ministério das Infraestruturas e Habitação, publicado hoje em Diário da República, tem como objetivo assegurar um serviço adequado, competitivo e equitativo a todas as indústrias em Sines, a maior área industrial e logística da Península Ibérica.
“A operação permite gerir de forma integrada e racional as várias origens de água disponíveis (salina, doce e reutilizada) em função das necessidades quantitativas e qualitativas da procura industrial, quer se destinem aos processos de arrefecimento ou de incorporação no processo produtivo”, adianta em comunicado o ministério do Ambiente e Energia. A tutela adianta que “esta alteração permite reduzir a pressão sobre as origens convencionais, como as águas superficiais e subterrâneas, e garantir um uso mais eficiente e sustentável dos recursos, numa área de escassez hídrica”.
Este modelo poderá ser complementado, em processos de grande exigência por parte dos promotores industriais, com a instalação de pequenas unidades de dessalinização privadas.
Para a eficaz implementação desta operação serão promovidas ainda as seguintes condições: a integração no sistema de abastecimento das infraestruturas de captação e rejeição de água do mar da antiga central termoelétrica de Sines, assim como a reutilização da água tratada na ETAR de Ribeira de Moinhos.
"A nova vaga de investimentos estratégicos na área da transição energética e digital na ZILS suscita exigências acrescidas em matéria de capacidade para fornecimento de água para uso industrial. Este novo modelo é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável da ZILS e da região envolvente, conciliando o crescimento económico com a preservação dos recursos naturais e a proteção do ambiente", acrescenta a tutela.