
Ministros do Ambiente europeus acordam fim da venda dos veículos a combustão até 2035
Os ministros do Ambiente europeus chegaram a acordo para acabar com a venda de veículos a combustão até 2035.
Os governos da União Europeia entrarão agora em negociações com o Parlamento Europeu sobre a lei final.
Segundo a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, a decisão, tomada esta quarta-feira, “quebra o domínio da indústria petrolífera sobre o transporte e dá à Europa uma possibilidade de descarbonização até 2050”.
“O transporte é a maior fonte de emissões e os carros são a maior parte do problema. Hoje é um grande passo em frente para a luta climática, mas também para a poluição do ar e para tornar os veículos elétricos mais acessíveis”, diz a ZERO em comunicado.
No entanto, a associação ambientalista alerta que “novas propostas sobre combustíveis são um desvio”: “Não vamos perder mais tempo com combustíveis sintéticos, mas sim focarmo-nos na implementação da infraestrutura de carregamento, na requalificação dos trabalhadores para a transição elétrica e no fornecimento responsável de material para baterias”.
A ZERO lança ainda o apelo a uma transformação rápida da indústria automóvel portuguesa no sentido de começar a produzir veículos elétricos com urgência e esquecer de vez os enormes e pesados automóveis híbridos plug-in, ainda fomentados por uma fiscalidade inadequada no nosso país.
Recorde-se, lembra a ZERO, “que numa manobra de antecipação do Conselho de Ministros do Ambiente da União Europeia (UE), Portugal, a Itália, a Roménia, a Bulgária e a Eslováquia tomaram uma posição conjunta que minava a votação favorável do Parlamento Europeu de impor um corte de 100% nas emissões de dióxido de carbono (CO2) de novos automóveis a partir de 2035 e gorar a ambição de proibir a venda de carros a combustão a partir de 2035, o que teria sido uma machadada no Pacto Ecológico Europeu”.