
ZERO assinala Dia Mundial da Terra e insiste na aposta renovável
A propósito do Dia Mundial da Terra, que se assinala amanhã, 22 de abril, a associação ZERO salienta a necessidade de se apostar nas energias renováveis e “evitar de um retrocesso nas políticas ambientais”.
Em comunicado, a ZERO salienta que “é fundamental evitarmos um retrocesso do Pacto Ecológico Europeu e de todo um vasto conjunto de compromissos assumidos à escala global na agenda para a sustentabilidade até 2030”.
A associação apela também aos cidadãos, governos, empresas e instituições, para se juntarem num “compromisso comum: o de triplicar a geração de energia renovável até 2030”. “Trata-se de um objetivo essencial para, a prazo, ajudar a acabar com os combustíveis fósseis na produção de energia elétrica”. Esta foi, aliás, a meta com que os países se comprometeram na Conferência das Nações Unidas que se realizou no Dubai (COP28) já há cerca de um ano e meio, estando, por isso, na hora de a relembrar - o seu cumprimento é essencial para garantir um futuro climática e ambientalmente viável para as gerações vindouras. Triplicar renováveis e duplicar a taxa de melhoria da eficiência energética até 2030 é crucial para conter o aquecimento na Europa e no Mundo”, lembra.
Para que Portugal possa atingir e ultrapassar os objetivos definidos no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) para 2030, “é fundamental elevar significativamente a ambição no que respeita à instalação de energia solar descentralizada em zonas residenciais, industriais e de serviços”, afirma a ZERO, centrando-se no nosso país.
Atualmente, o PNEC prevê 6 GW de potência solar fotovoltaica descentralizada em 2030, mas a ZERO defende que “este valor pode ser aumentado através de incentivos financeiros a instalações para autoconsumo e com a criação de comunidades de energia”.
Neste sentido, a associação considera que o novo Fundo Social para o Clima, operacional a partir de 2026, “deve ser uma das ferramentas centrais para este objetivo. É igualmente prioritário acelerar a instalação de renováveis em áreas artificializadas com sejam áreas mineiras a reabilitar”.